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Dinheiro continua a não estar disponível para grandes compras

À luz do nível continuamente elevado do desemprego, os consumidores portugueses continuam a não ser capazes de cobrir mais do que as necessidades diárias. Após a longa recessão, o dinheiro continua a não estar disponível para grandes compras.

Em junho, a disposição para comprar era de -24 pontos, o que estava apenas ligeiramente acima do nível registado em março (-24,5 pontos). Estas são as conclusões da sondagem GfK Clima de Consumo na Europa realizada em 15 países.

O desenvolvimento da expectativa dos rendimentos, assim como a disposição para comprar, variam entre os vários países. Portugal ainda não antecipa um aumento nos rendimentos. Em comparação com o primeiro trimestre, as expectativas económicas dos consumidores portugueses diminuíram ligeiramente no segundo para 15,2 pontos (-0,6 pontos).

Contudo, a disposição dos consumidores portugueses manteve valores positivos no que diz respeito à tendência económica nacional. Ao passo que, há um ano, o índice era negativo com -0,5 pontos, tem mantido o seu nível atual desde o outono passado. Os portugueses estão confiantes de que a sua economia irá também presenciar um crescimento constante, ainda que moderado, nos próximos meses. A expectativa positiva sentida, no geral, pelos consumidores portugueses com relação à situação económica não se reflete, contudo, nas expectativas que expressam sobre os rendimentos. Em março, o índice estava nos 4,7 pontos, mas desde então perdeu 3,8 pontos, registando uma queda de 0,9 pontos em junho. A expectativa dos rendimentos continuou significativamente mais elevada do que o nível registado no ano anterior (-16,7 pontos em junho de 2014), no entanto, alcançou o seu nível mais baixo desde outubro de 2014.

As negociações prolongadas entre a Grécia e os seus credores e a crise entre a Rússia e a Ucrânia influenciaram as expectativas económicas dos consumidores na maioria dos países europeus, durante o segundo trimestre deste ano. Não obstante, as expectativas registaram um aumento geral de um ponto desde março, para 10,8 pontos.

Por altura da realização da sondagem, nas primeiras duas semanas de junho, as negociações entre a Grécia e os seus credores atingiam progressivamente o seu ponto mais alto. Por conseguinte, o culminar provisório – o fracasso das negociações, a bancarrota real do país, o fecho da banca grega e o referendo – não está refletido nesta sondagem. Acredita-se, por isso, que as expectativas dos europeus, sobretudo nos países da União Monetária, possam vir a deteriorar-se significativamente ao longo do verão. Isto aplica-se, em particular, a países como a Alemanha, Itália, França e Espanha, que suportam uma percentagem elevada da dívida grega ou enfrentam, também eles, uma situação económica difícil.

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