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Crescimento dos Emirados em 2021 abre oportunidades à exportação

Após uma profunda contração de 7% do PIB em 2020, a economia dos Emirados Árabes Unidos está em processo de recuperação. A procura interna beneficia de uma política fiscal expansionista e de um arranque da vacinação contra o coronavírus mais rápido do que na maioria dos outros países. As receitas com as exportações beneficiam do aumento do preço mundial do petróleo e da gradual eliminação dos cortes de produção impostos pela OPEP+.

A Crédito y Caución prevê que em 2021 o PIB dos Emirados Árabes Unidos aumente entre 1% e 3%, dependendo da evolução da vacinação e da contenção da pandemia.

 

Economia

Os Emirados são um dos estados do Golfo que conseguiu maior diversificação da sua economia. Atualmente, os sectores não petrolíferos representam 74% do PIB. São, além de tudo o mais, um dos destinos de investimento estrangeiro mais atrativo do Médio Oriente e Norte de África e um importante centro regional, no qual a reexportação representa quase 50% do total das suas exportações.

As reformas legais em curso e as suas excelentes infraestruturas situam os Emirados numa boa posição para continuar a impulsionar as indústrias não petrolíferas, como o turismo, as energias renováveis e a tecnologia financeira. O processo de diversificação oferece oportunidades comerciais aos exportadores de produtos de alta tecnologia, já que a procura tem aumentado continuamente nos últimos dois anos.

Ao mesmo tempo, a procura de importação de produtos farmacêuticos, equipamentos de telecomunicações, maquinaria elétrica e alimentos continua forte.

 

Atividade empresarial

Apesar da recuperação em curso, os resultados das empresas continuam fracos e o risco de crédito de vários sectores é elevado, em especial no Dubai. A atividade empresarial no sector privado não petrolífero, no seu conjunto, está em expansão, mas a construção, os serviços e a indústria manufatureira ainda não recuperaram.

O imobiliário e a construção continuam a lutar contra o excesso de capacidade e a sua recuperação é bastante incerta. Antes da pandemia, num contexto de crescimento modesto e falta de projetos, apresentavam um aumento dos problemas de liquidez e margens curtas, em especial entre os operadores mais pequenos.

A plena recuperação do turismo, que representa 16% do PIB, ainda demorará algum tempo. A Exposição Universal do Dubai poderia contribuir para reativar o sector, dependendo do ritmo de implantação das vacinas a nível global e do levantamento das restrições de viagem.

A morosidade aumentou entre empresas e consumidores e a qualidade dos ativos bancários poderia debilitar-se ainda mais, devido ao fim das moratórias de crédito nos empréstimos bancários e à elevada exposição ao imobiliário, que representa 20% do crédito total. Contudo, o sector financeiro deveria ser suficientemente resistente para fazer face a estes desafios.

 

Receita pública

Apesar da diversificação da economia em curso, as receitas públicas continuam a depender em quase 50% das receitas dos hidrocarbonetos, com um preço de equilíbrio fiscal de 70 dólares por barril. A companhia petrolífera estatal continua a investir fortemente na indústria dos hidrocarbonetos, para aumentar a produção de petróleo de quatro para cinco milhões de barris diários e para ampliar as operações de transformação.

A dívida pública aumentou para 78% do PIB, no ano passado, face aos 61% do ano anterior, mas o risco de sustentabilidade da dívida é gerível. Os fundos soberanos, estimados em 290% do PIB nominal, representam um grande colchão financeiro, que permitirá uma retoma gradual da consolidação fiscal nos próximos anos, devolvendo a dívida pública ao nível anterior ao da crise por volta de 2025.

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