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Crédito y Caución prevê um aumento das insolvências na República Checa

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A Crédito y Caución prevê que a economia checa registe uma contração de 6%, em 2020, com quedas de dois dígitos tanto na produção industrial, como no comércio externo.

A recessão global tem um efeito muito direto sobre esta economia altamente integrada nas cadeias de valor, cujas exportações equivalem a 70% do PIB. A seguradora de crédito espera que os incumprimentos e as insolvência aumentem nos últimos meses de 2020 e no início de 2021, em especial nas indústrias mais afetadas pela recessão económica, como os sectores automóvel, construção, máquinas, metalurgia, siderurgia e serviços.

A indústria automóvel, uma das principais do país, com uma elevada percentagem das exportações destinadas, principalmente, à Alemanha, enfrenta sérias tensões de liquidez devido à deterioração global das vendas de automóveis de passageiros e de veículos comerciais. O valor acrescentado do sector deverá contrair mais de 22%, em 2020.

O sector da construção, cujas margens operacionais são muito reduzidas, foi severamente afetado pelo adiamentos de projetos e pela redução de encomendas. Este sector regista um aumento do risco de crédito entre os seus operadores de menor dimensão.

A deterioração dos sectores automóvel e da construção teve um impacto negativo noutros sectores como máquinas, metalurgia e siderurgia. Nos serviços, a pandemia afetou principalmente os segmentos de hotéis, restaurantes, bares, atividades culturais, agências de viagens e operadoras turísticos.

 

Consumo

O desemprego crescente e o sentimento negativo do consumidor estão a perturbar o consumo privado. A inflação permanece próxima de 3%, impulsionada pela introdução de novos impostos indiretos, pelo aumento dos preços dos alimentos e pela desvalorização da moeda.

Devido à queda de rendimentos e às medidas de estímulo adotadas para combater os efeitos da pandemia, a dívida pública deve passar de 29% para 44% num só ano. Apesar deste salto, o valor ainda é relativamente baixo se comparado com outros países da União Europeia. A dívida pública deverá permanecer resistente a choques nas taxas de juros e nas taxas de câmbio.

Se a pandemia chegar ao fim, de forma gradual, em 2021, deverá haver uma recuperação do investimento, das exportações e da produção industrial, levando a um crescimento do PIB acima de 5%. No entanto, estas perspetivas estão sujeitas a riscos significativos. A moderação da procura da zona do euro e do Reino Unido prejudicaria uma recuperação nas exportações checas.

A médio prazo, o desempenho das exportações checas permanece vulnerável aos desafios estruturais da indústria automóvel, que enfrenta uma queda nas vendas e nos lucros em todo o mundo, a transição da combustão para a mobilidade elétrica e uma possível guerra tarifária com os Estados Unidos da América.

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