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Como as marcas podem construir uma melhor estratégia de regresso às aulas?

Foto Shutterstock

Com a ressurgência da Covid-19 em vários países, muitos pais encontram-se inseguros quanto ao para breve arranque do ano escolar. O debate persiste se a solução mais adequada será o ensino à distância, se presencial ou misto.

Uma pesquisa conduzida pela Kantar nos Estados Unidos da América, os consumidores encontram-se particularmente divididos. 13% sente-se confortável em enviar as suas crianças para escola o mais rápido possível, 14% preferia esperar mais seis meses e 25% encontra-se a meio caminho, entre um e cinco meses. Refletindo o dilema inerente a uma decisão deste tipo, pensado os benefícios do ensino presencial com os riscos de contrair o vírus, cerca de metade simplesmente não sabe.

Razões para aguardar

Entre aqueles que querem esperar para enviar os seus filhos para a escola, mais de um terço alega a segurança das crianças como a principal razão, enquanto 17% diz que é para a sua própria segurança. O terceiro motivo mais citado é o sentimento de que enviar as crianças para a escola durante uma pandemia é “irresponsável” e é alegado por 13% dos inquiridos.

Os consumidores são irredutíveis na noção de que são necessárias mais mudanças se sentirem seguros no regresso à vida normal, incluindo ir à escola, a restaurantes e a viajar. 44% dos norte-americanos acreditam que o distanciamento social continua a ser necessário para o regresso à normalidade, 43% defende a obrigatoriedade da utilização de máscara e 40% a desinfeção regular.

Nesse sentido, diz a Kantar, a prontidão dos consumidores em regressar à vida normal será fraturada, com diferentes indivíduos a sentirem-se mais confortáveis em etapas distintas. Perceber esta prontidão dos segmentos de consumidores, assim como as necessidades subjacentes e os sentimentos por detrás das suas decisões, à medida que evoluem nos próximos meses, será crítico para que as marcas façam uma gestão de marketing correta. “No que ao regresso às aulas diz respeito, as marcas devem demonstrar que estão aqui para ajudar as famílias a fazerem os ajustes a este arranque de ano pouco usual, apoiando-as independentemente do ambiente de aprendizagem. Para as famílias com crianças que irão frequentar aulas online, significa largura de banda adicional, computadores, monitores, auscultadores e até mesmo secretárias e cadeiras ergonómicas”, defende a Kantar.

 

Publicidade cai 70% nos EUA

O regresso às aulas é normalmente uma das maiores campanhas do ano, contudo, com tanta incerteza quanto ao arranque do ano escolar, devido à pandemia de Covid-19, está a ser diferente, do ponto de vista publicitário.

A publicidade em TV relativa ao regresso às aulas caiu 70% comparativamente com o ano passado e, mais notável ainda, sublinha a Kantar, apoia-se em apenas seis retalhistas, quando em 2019 eram 100.

A consultora defende, contudo, que o facto de haver menos “ruído” dá às marcas uma oportunidade significativa de envolverem-se com os consumidores e construir relações. Até porque, independentemente de se à distância ou presencial, os estudantes precisarão sempre de material escolar.

As habituais campanhas de regresso às aulas mostram as famílias felizes a comprarem o material e roupa nova, assim como os alunos na escola com os amigos. De acordo com a Kantar, em 2020, esses conceitos visuais tenderão a ser substituídos, com o foco a desviar-se para o produto em si e para o online. “No novo normal, os anúncios bem-sucedidos terão de mostrar que as marcas se estão a adaptar às necessidades dos consumidores. Como tal, o foco principal, este ano, será a mensagem de que ‘estamos aqui para si, independentemente do que o ano escolar possa trazer’. Muitos pais sentem-se ansiosos com a incerteza atual, pelo que assegurar que as suas necessidades são satisfeitas, seja qual for a circunstância, é estratégico. Colocar o ênfase na poupança e no valor será particularmente importante este ano, devido às dificuldades económicas que muitas famílias estão a sentir”.

 

 

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