A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) promoveu um inquérito que revela a quebra de quase 30% do volume de negócios do comércio a retalho (não alimentar) e restauração face a 2019.
A AMRR recorda que, em 2021, os espaços comerciais estiveram encerrados (cerca de 3 meses) ou limitados no desenvolvimento da sua atividade (na maior parte do ano), designadamente ao nível dos horários e do rácio de lotação.
A associação recorda ainda “as duas semanas seguintes ao Natal, fortemente penalizadoras, com a medida de proibição dos saldos”.
Quebra de 37,6%, em 2020
A AMRR recorda que estes dados são ainda mais preocupantes na medida em que acumulam com a queda verificada em 2020 de 37,6%, ou seja, nos 2 últimos anos, o comércio a retalho (não alimentar) e a restauração perderam cerca de 1/3 da sua faturação, ou seja, o equivalente a 8 meses de faturação.
A AMRR anuncia apresentou ao Governo e partidos políticos onze medidas, de âmbito fiscal, de tesouraria e de apoio direto para dar resposta aos problemas identificados pela associação.
Para Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, “estes números confirmam os dois anos absolutamente devastadores para o comércio a retalho não alimentar e para a restauração. A estes setores tem sido pedido para fazer um esforço e um sacrifício para defesa da saúde pública e do bem comum. Mas importa que não sejam deixadas para trás e que haja uma verdadeira distribuição de sacrifícios na nossa sociedade. As onze medidas que apresentamos são absolutamente necessários e acreditamos que serão bem atendidas pelos vários partidos políticos”.