Cerca de 77% dos CEOs, a nível global, acredita que o crescimento económico irá melhorar durante o próximo ano, com os líderes na Índia (94%), Japão (83%) e Reino Unido (82%) a mostrarem-se mais otimistas, segundo última edição do “Annual Global CEO Survey” da PwC.
Já os inquiridos nos Estados Unidos da América (70%) e na China (62%) são os menos otimistas em relação ao crescimento económico, em 2022.
Motivos de preocupação
A pesquisa apurou que os CEOs estão mais preocupados com um potencial ciberataque ou com um “choque macroeconómico” que possam minar os objetivos financeiros da sua empresa.
Embora estejam menos preocupados com questões como as alterações climáticas e as desigualdades sociais – apenas 22% dos inquiridos assumiu compromissos de carbono zero – aqueles que o fizeram lideram empresas que tendem a ser “altamente confiáveis“, segundo o estudo.
Resiliência da economia global
“Embora a pandemia em curso e o surgimento de novas variantes lancem uma sombra sobre este ano, o elevado nível de otimismo dos CEOs reflete a força e resiliência da economia global e a capacidade dos CEOs para gerirem através da incerteza“, comenta Bob Moritz, presidente da PwC. “Não há nada de ‘normal’ no mundo em que estamos a trabalhar, mas estamos a habituar-nos a isso. Estamos a assistir a diferenças de confiança entre os países e não faltam desafios para navegar, mas é encorajador que os CEOs com quem falámos, em geral, se sintam positivos em relação a 2022“.
Aversão ao risco
49% dos CEOs identificou os riscos cibernéticos como a principal ameaça ao crescimento no seu negócio, seguidos dos riscos para a saúde (48%). A volatilidade macroeconómica foi identificada por 43% como a principal ameaça ao crescimento das empresas, seguida das alterações climáticas (33%), do conflito geopolítico (32%) e da desigualdade social (18%).
Os riscos para a saúde e as desigualdades sociais suscitam preocupações sobre a capacidade de atrair e reter talento, enquanto os riscos cibernéticos são vistos como tendo um impacto potencial na inovação e nas vendas.