A Campbell Soup Company, que está no mercado há 155 anos, quer remover a palavra “sopa” do seu nome corporativo.
Os executivos da empresa dizem que a Campbell é hoje “muito mais do que sopa”, negócio que representa uma parte menor das suas vendas atuais. Por isso, a partir de agora, quer ser conhecida como The Campbell’s Company.
Os acionistas terão a última palavra sobre se a mudança de nome será oficial, sendo a decisão tomada na reunião anual da empresa, em novembro próximo.
“Esta mudança sutil, mas importante, preserva o reconhecimento icónico do nome, a reputação e o valor da empresa, construídos ao longo de 155 anos, enquanto reflete melhor a amplitude de nosso portfólio”, afirma o CEO da Campbell, Mark Clouse.
A sopa Campbell’s
A história da sopa Campbell’s remonta a 1869, quando Joseph Campbell fundou a empresa em Camden, Nova Jérsia, nos Estados Unidos. Desde a sua criação, a empresa dedicou-se à produção de conservas, introduzindo no mercado a sua icónica sopa de tomate, em 1895, juntamente com outras quatro variedades. Foi a primeira empresa a vender sopa enlatada, há mais de um século, e esta sopa tem permanecido um dos 10 produtos enlatados mais vendidos nos Estados Unidos, até hoje.
Um marco importante na história de Campbell aconteceu em 1897, quando John T. Dorrance, um químico com formação europeia, foi contratado. Foi o inventor da sopa condensada, uma inovação que se tornaria num produto-chave para o desenvolvimento e sucesso da marca. Este avanço permitiu à Campbell’s reduzir os custos de transporte e armazenamento, o que contribuiu significativamente para o crescimento da empresa. Anos mais tarde, John T. Dorrance Dorrance tornar-se-ia presidente da empresa, cimentando ainda mais sua influência na gestão da Campbell’s.
Na década de 1960, o artista Andy Warhol imortalizou as latas de sopa Campbell’s nas suas famosas serigrafias, tornando a marca um ícone da pop art. Este facto tornou-a um símbolo da cultura americana.