O Produto Interno Bruto (PIB) mundial vai aumentar 2,1% em 2023, abrandando face à evolução de 3,1% registada no ano passado, segundo as previsões do Banco Mundial.
“A economia global está numa situação precária”, afirma Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sénior do Grupo Banco Mundial. O relatório observa que, em 2023, o ritmo de crescimento do comércio cairá para menos de um terço do que era nos anos anteriores à pandemia.
A entidade com sede em Washington observou que, num contexto de altas taxas de juros em todo o mundo, o crescimento global “desacelerou acentuadamente e o risco de tensões financeiras nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento está a intensificar-se”.
O Banco Mundial destaca a evolução dos países emergentes que, excluindo a China, crescerão em média 2,9% este ano, em comparação com 4,1% no ano passado. “As projeções de crescimento dessas economias para 2023 são menos de metade das previstas há um ano, tornando-as altamente vulneráveis a choques adicionais”.
Agravamento das previsões
Após a guerra na Ucrânia e da pandemia, a atividade económica nos países em desenvolvimento será 5% inferior aos níveis projetados nas vésperas da Covid-19. O crescimento nas economias avançadas desacelerará para 0,7% em 2023, de 2,6% em 2022, e permanecerá fraco no próximo ano.
Na zona euro, prevê-se que o crescimento abrande de 3,5% em 2022, para 0,4% em 2023, refletindo o efeito retardado do aperto da política monetária e dos preços mais elevados dos produtos energéticos.
Após crescer 1,1% em 2023, a economia norte-americana deverá abrandar para 0,8% em 2024, principalmente devido ao impacto persistente da subida acentuada das taxas de juro, ao longo do último ano e meio.
Para o leste asiático e o Pacífico, a entidade prevê um crescimento de 5,5% em 2023, enquanto no sul da Ásia será de 2,2%.
Apesar do agravamento das previsões, o novo presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, lembra que “é importante ter em mente que as previsões de crescimento não representam um destino inexorável”.
Siga-nos no: