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ASAE fiscaliza produtos tradicionais nas áreas afetadas pelos fogos

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) inicia, em março, uma operação de fiscalização centrada nos produtos tradicionais nas áreas afetadas pelos incêndios em 2017. Em questão estão aspetos como a autenticidade alimentar, a falta de genuinidade e a quantidade de produtos que, depois da tragédia, poderá ser menor.

Temos de dar um sinal de que estamos atentos aos fenómenos e dar algum acompanhamento. Confesso que ainda não defini o nome da operação. Vamos ter uma operação demorada, que deverá começar em março e que se prolongará por seis a sete meses“, revelou, em entrevista à Lusa, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar. “Houve aqui uma tragédia nacional, como é público e notório, e, na área económica, há aqui um conjunto de produtos típicos das regiões em causa, seja queijos, vinho, azeite, fruta e mel que, de facto, tiveram a sua produção fortemente abalada. Temos de perceber se as quantidades que vão ser colocadas no mercado são as mesmas de antes dos fogos“.

Pedro Gaspar Portugal adiantou também que, este ano, e à semelhança de 2017, a ASAE vai dar uma maior atenção à fiscalização do sector digital, desde a recolha de informação até à ação inspetiva no terreno. Em 2017, no que diz respeito ao e-commerce, foram fiscalizados pela ASAE cerca de 3.600 operadores económicos, tendo sido instaurados cerca de 750 processos de contraordenação e 64 processos crime. “Vamos manter a nossa intervenção forte na área alimentar e económica em colaboração estreita com os parceiros principalmente no quadro europeu“.

Outra das áreas de intervenção em 2018 vai ser a área do vegetal. “Vamos reforçar a parte alimentar no que diz respeito ao vegetal. Na parte animal já tínhamos brigadas especializadas. No vegetal vamos aprofundar esse campo, porque têm acontecido algumas crises na área alimentar que vêm da área do vegetal e não a animal, que é o mais comum“.

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