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As grandes ideias para 2023 – parte 3

A TERCEIRA E ÚLTIMA PARTE DO CONJUNTO DE GRANDES IDEIAS QUE IRÃO MARCAR 2023, SEGUNDO AS TOP VOICES DO LINKEDIN

Todos os anos, em dezembro, o LinkedIn questiona a sua comunidade de Top Voices e criadores para partilharem os temas que consideram vir a marcar o novo ano. Ao longo desta semana, temos vindo a partilhar alguns. Damos agora a conhecer as restantes grandes ideias que marcarão o ano de 2023, no seguimento da iniciativa Big Ideas.

 

Mais paisagens voltarão ao seu estado natural

Para preservar a biodiversidade e ajudar a cumprir as metas de emissões de carbono, mais países em toda a Europa abraçarão o “rewilding”, processo pelo qual se permite que um ambiente regresse ao seu estado natural e introduza espécies outrora nativas, que podem ajudar a impulsionar a captura de carbono.

Num projeto deste género nas Ilhas Wadden, há agora mais 50 espécies de aves e mais 170 tipos de plantas, ao fim de seis anos. Num outro projeto na Irlanda, registou-se um aumento de 35% no número de aves e uma duplicação das populações de insetos, em oito anos. A organização não governamental Rewilding Europe também supervisionou uma série de projetos de sucesso em Espanha, Portugal, Itália, Roménia, Bulgária, Suécia e Escócia.

No entanto, uma questão crítica é o financiamento. A maioria dos projetos de revitalização continuará a ser liderada por indivíduos. Os ativistas apelaram à elegibilidade para os subsídios agrícolas da União Europeia, argumentando que as terras menos produtivas poderiam ser alvo deste tipo de projetos e que a atividade agrícola se mantivesse em terreno altamente fértil.

 

A economia de solteiros vai ganhar ímpeto

A cada ano que passa, mais pessoas vivem sozinhas nos Estados Unidos, Japão, Austrália e Europa. Em 2020, existiam 36,1 milhões de agregados unifamiliares nos Estados Unidos da América, o dobro de 1980. E, em lugares como a Suécia e a Dinamarca, os solteiros representam cerca de 50% de todas as famílias.

Esta mudança demográfica colocará desafios profundos à saúde mental, nos próximos anos, com os estudos a sugerirem que viver sozinho está correlacionado com o aumento do risco de depressão, demência e doenças cardíacas. Abrirá também a porta a novas oportunidades económicas, nomeadamente nos cuidados de saúde e no imobiliário.

Os idosos são responsáveis por uma parte substancial das fileiras crescentes de pessoas que vivem sozinhas, o que tem encorajado novos tipos de gastos, nota o economista espanhol Milagros Dones. “Estas pessoas investem na adaptação das suas casas e serviços de saúde”.

Esta tendência tem apoiado empresas como a Cuideo, sediada em Barcelona, que oferece uma plataforma digital que ajuda as famílias a prestarem cuidados domiciliários a familiares seniores. “Normalmente, são pessoas que vivem sozinhas e precisam de companhia e assistência”, explica o CEO e cofundador, Adrià Buzón Lausín.

Esta economia em expansão estende-se também às gerações mais novas. O crescimento dos lares unifamiliares, aliado a uma escassez de habitação acessível em todo o mundo, tem alimentado o interesse em soluções de “co-living”.

 

Tecnologias imersivas vão mudar a forma como fazemos compras online

As compras online subiram durante a pandemia, mas também as devoluções, sobretudo na indústria da moda. Uma forma de as reduzir e tornar a moda mais sustentável é produzir peças personalizadas e à medida.

Em 2023, mais marcas e retalhistas irão apoiar-se na tecnologia de inteligência artificial e de realidade virtual para garantir que os clientes estão satisfeitos com a sua compra, prevê a consultora Christine Goulay.“Com a produção personalizada e a pedido, através da digitalização corporal, reduz-se o problema da sobreprodução e também é garantido que as peças de vestuário sirvam”, diz ao LinkedIn.

A Unspun, com sede em São Francisco e Hong Kong, permite que os clientes se “digitalizem” para depois produzir jeans personalizados, que são entregues diretamente para a sua porta. A startup espanhola Naiz Fit, que funciona como um “alfaiate digital” para marcas como a Moschino e a Desigual, está prestes a tornar-se num fornecedor de medição digital líder na indústria, depois de se fundir com a empresa israelita MySize.

As marcas esperam proporcionar uma experiência de compra ainda mais personalizada no metaverso. A Warpin, uma startup tecnológica imersiva baseada em Estocolmo, que trabalha com marcas como a H&M e a Disney, cria avatares fotorealistas de próxima geração. “Vendo como será uma peça de roupa no seu corpo, em vez de num modelo resultará, sem dúvida, em menos itens devolvidos”, acredita a sua cofundadora e CEO Emma Ridderstad.

Conheça as restantes grandes ideias na primeira e segunda partes deste artigo.

 

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