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Alibaba lança loja de vinhos com reconhecimento facial

A Alibaba chamou as atenções na Vinexpo, em Hong Kong, ao apresentar uma loja de vinhos automatizada, na qual o cliente pode fazer as compras através de reconhecimento facial.

Nesta loja Tmall, designada de Bar do Futuro, o cliente pode ser atendido por uma máquina que lhe permite identificar o produto, obter informação sobre o mesmo e, através de reconhecimento facial, facilitar o pagamento sem necessitar de dinheiro ou cartões.

Este é mais um dos últimos avanços de tecnologia inteligente que a empresa de Jack Ma está a desenvolver no seu centro de Hangzhou, na China, onde já tem lojas e cafés automatizados e que dispensam os recursos humanos.

Na maior feira de vinhos da Ásia, a Alibaba recriou uma loja onde todas as garrafas têm uma etiqueta que permite ao cliente ter informação imediata sobre os produtos nos ecrãs ali instalados. O reconhecimento facial dá o acesso a uma sala com sensores que reconhecem as garrafas e onde se efetua o pagamento automático, através da plataforma Alipay. Para atender os clientes e servir o vinho, está um robot. “A tecnologia aplicada ao consumo pode chegar a todos os mercados e o do vinho é, sem dúvida, um dos que mais cresce na China, pelo que continuará a ganhar protagonismo no futuro”, afirma Ivy Ke, responsável de assuntos corporativos do Grupo Alibaba.

Todas as tecnologias apresentadas pela Alibaba nesta feira fazem parte da iniciativa Novo Retalho, que ambiciona fundir o melhor do comércio on e offline em benefício quer dos clientes quer dos retalhistas. Mike Hu, diretor sénior na Tmall, confirma que o objetivo do Novo Retalho é tornar o ato de comprar mais pessoal, envolvente e conveniente, mesmo em sectores mais tradicionais, como é o caso do vinho. “A China está na linha da frente do envolvimento com o consumidor. Aqui as compras são móveis, divertidas e interativas e as barreiras entre e-commerce e lojas físicas estão a ser derrubadas. Este tipo de experiência de compra consistente é o que os consumidores chineses se habituaram a esperar, pelo que as lojas de vinhos necessitam de adaptar-se se quiserem ser aqui bem sucedidas”.

A China é o quinto maior mercado mundial de vinho, mas, dentro de três anos, deverá estar na segunda posição, apenas atrás dos Estados Unidos da América, indicam os responsáveis da Vinexpo. Marketplaces como o Tmall estão a desempenhar um papel importante no mercado de vinhos da China, segundo confirma Guillaume Deglise, CEO da feira. “É muito difícil encontrar lojas muito boas na China, especialmente nas cidades menos importantes. Portanto, o e-commerce está a mudar este cenário”. Além disso, os consumidores chineses mais jovens estão mais acostumados a comprar online do que os seus pares europeus e norte-americanos, “pelo que o panorama da distribuição será diferente na China do resto do mundo”, reforça o responsável da feira de vinhos.

A Alibaba assinou dois memorandos de entendimento no âmbito da Vinexpo, um com a organização governamental Wine Australia e outro com os críticos de vinhos franceses Bettane & Desseauve. A Tmall irá trabalhar para promover os vinhos australianos na sua plataforma e apoiar as iniciativas de marketing da Wine Australia em grandes eventos de vendas, como o festival de 11 de novembro. Já com os críticos franceses, a Tmall irá usar as suas críticas para complementar as suas listas de vinhos e divulgar as suas escolhas anuais à medida que forem publicadas. Bettane & Desseauve serão também parceiros de eventos offline de vinhos na China.

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