Os produtos de marcas socialmente responsáveis são valorizados por 58% dos consumidores que os incluem no seu cabaz de compras mesmo que isso lhes custe mais dinheiro, de acordo com o relatório “O consumidor perante a responsabilidade social corporativa das marcas” elaborado pela Nielsen.
O consumidor procura principalmente a melhor relação qualidade-preço quando faz uma compra, um fator decisivo para três em cada quatro portugueses. Outros aspetos determinantes no momento de decisão por um ou outro artigo são: que esteja em promoção (65%), que tenha grande qualidade (62%) e que tenha benefícios saudáveis e a nível nutricional (54%).
Assim, segundo o relatório da Nielsen, o fator ambiental assume-se determinante para quase 30% dos consumidores, seja pela marca que é reconhecida pelo seu compromisso com o meio ambiente ou pelas suas embalagens serem ecológicas.
Num mercado emergente como é o das marcas com forte compromisso social e ambiental, a Nielsen sugere os requisitos que devem possuir as empresas para impulsionar esta atividade. O primeiro é direcionar o foco para os jovens, sobretudo para a geração “millenials” e geração Z, que formam um grupo de consumidores muito envolvidos.
Um segundo requisito é a relevância que os valores sociais imputam às marcas quando se trata de conquistar a confiança dos consumidores. Na verdade, essa confiança é fundamental no linear, aquando da decisão de compra, para 54% dos portugueses.
Outros aspetos a ter em conta são a definição do propósito social da empresa de uma forma credível e com um retorno de alto valor para a sociedade. É também importante a sustentação deste esforço através do planeamento de marketing, segmentando a sua estratégia de acordo com critérios geográficos, populacionais e de produto.
Segundo o diretor da Nielsen Ibéria, Gustavo Núñez, “o consumidor valoriza muito as marcas que incorporam atributos social e ambientalmente mensuráveis e, tal como vimos, cerca de seis em cada dez estão dispostos a pagar mais para incluir estes produtos nas suas compras. Contudo, ainda existe margem para melhorar a disponibilidade no mercado de produtos com selos de certificação social e ambiental e, também, o próprio conhecimento sobre esses mesmos certificados”.