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5 tendências chave na alimentação e bebidas em 2018

São cinco as tendências chave, a nível mundial, para os sectores da alimentação e bebidas, segundo a Mintel.

A consultora publicou o estudo “Global Food & Drink Trends 2018” onde identifica as tendências que terão impacto considerável entre os consumidores, fabricantes e retalhistas, na Europa, Médio Oriente, África, Ásia e América. A Mintel explica que os conceitos são atuais, mas que também inclui elementos que evoluíram. “Divulgação completa”, “Práticas auto cumpridas”, as “Novas sensações”, o “Tratamento preferencial” e o “Valor da ciência” são as cinco tendências identificadas.

“Divulgação completa” alude ao desejo dos consumidores de uma transparência completa da parte das empresas de alimentação e bebidas. Segundo a Mintel, muitos consumidores não confiam nos sistemas regulatórios, nas empresas ou nas pessoas, existe uma cautela generalizada quanto aos alimentos e bebidas devido aos escândalos alimentares e à retirada de produtos do mercado. Esta desconfiança está a pressionar os fabricantes para que informam devida e honestamente sobre tudo o que está relacionado com os produtos alimentares, a sua origem, como são produzidos e distribuídos. Existe uma necessidade de segurança e confiança nos alimentos e bebidas, que levou ao aumento das reclamações sobre o carácter natural dos produtos, o meio ambiente, a ética na produção, etc. Tudo isto deriva na criação de rótulos que sejam mais transparentes, desafio que os fabricantes devem enfrentar democratizando a rastreabilidade dos produtos para que todos os consumidores tenham acesso a alimentos fiáveis independentemente do seu nível socioeconómico.

As “Práticas auto cumpridas” são a segunda tendência identificada no estudo e diz respeito ao estilo de vida dos consumidores e ao seu ritmo frenético e stressante. Estes consumidores querem dietas flexíveis e equilibradas que se enquadrem nas suas rotinas para cuidar da saúde. A Mintel comenta que os consumidores querem escapar da negatividade gerada pelo ritmo de vida, a desconfiança generalizada, a contínua conectividade e os problemas políticos, entre outros fatores. Estes consumidores centram-se no autocuidado e em priorizar o tempo e os esforços dedicados a si mesmo. Por isso, a definição individual de autocuidado e equilíbrio reforça a necessidade de oferecer uma grande variedade de formulações e formatos que ofereçam aos consumidores soluções positivas que possam adaptar ao seu estilo de vida, necessidades e exigências, sempre enquadradas no contexto da saúde e bem-estar. No futuro, os consumidores vão procurar ainda mais ingredientes, produtos e combinações de alimentos e bebidas que lhes proporcionem benefícios nutricionais, físicos ou emocionais, capazes de favorecer as suas prioridades de autocuidado.

A terceira tendência, denominada “Novas sensações”, centra-se sobretudo na textura dos alimentos e bebidas, uma ferramenta que pode captar e comprometer os sentidos, proporcionando experiências que merecem ser partilhadas. A textura terá um papel importante para a indústria alimentar em 2018, os produtos oferecerão jogos sensoriais através de novas formulações com uma grande variedade de ingredientes capazes de chamar a atenção do consumidor. A Mintel assegura que o som, a sensação e a satisfação proporcionada pela textura converter-se-á num aspeto muito importante para empresas e consumidores. Neste sentido, dá uma grande relevância às experiências porque serão partilhadas nas redes sociais, especialmente aquelas que estão centradas na imagem e nas cores. Como exemplo, cita os gelados cremosos com toppings crocantes, os novos formatos de bolachas estaladiças ou as bebidas “mastigáveis”, produtos cuja textura cativa aqueles consumidores e bebidas que procuram alimentos e bebidas percecionadas como funcionais e divertidas.

O “Tratamento preferencial” aponta uma nova era na personalização das compras, devido à expansão dos meios digitais. As novas tecnologias ajudam os consumidores a fazer as compras com maior facilidade, o que propicia uma nova era de promoções e produtos específicos devido ao grande interesse na poupança de tempo e dinheiro. A Mintel julga ser necessário que as empresas e os retalhistas aproveitem a tecnologia para estabelecer novos níveis de eficiência, por exemplo, as recomendações personalizadas, oferecer soluções que poupem tempo, esforço e energia aos consumidores, favorecer as compras eficientes e acessíveis mediante novos formatos e produtos, sugerindo combinações de produtos, etc. O estudo dá como exemplo o comando por voz Echo da Amazon para ilustrar esta tendência.

O “Valor da ciência” é a última tendência destacada e alude à importância da tecnologia para a conceção de soluções para o abastecimento mundial de alimentos. As empresas estão a desenvolver soluções para substituir as quintas e fábricas tradicionais, como a carne de laboratório, a impressão 3D ou o leite sintético. Para a Mintel, a tecnologia afetará a cadeia alimentar tradicional devido a estes empreendedores que oferecem um novo formato alimentar. São produtos que inicialmente atraem os consumidores preocupados com o atual modelo de produção alimentar e que procura alternativas de acordo com os seus princípios e desejos.

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