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36% dos shoppers da Geração Z e dos Millennials vai aumentar os gastos em loja

Os Millennials e a Geração Z estão destinados a conquistar cada vez mais poder no retalho. Estas gerações, na sua maioria, adolescentes ou adultos de 20 e 30 anos na atualidade, representam mais de 40% da população dos Estados Unidos da América, adianta o novo estudo da Bain & Company e da Google, “Four Ways Younger Shoppers Will (and Won’t) Change Retail”, ao mesmo tempo que questiona em que medida é que se diferenciarão estas gerações das anteriores, nos próximos anos.

Para o partner da Bain & Company, André Carvalho, “os retalhistas estão cada vez mais atentos às necessidades dos shoppers das gerações Z e Millennials. Porém, como indica o estudo, para conseguirem seduzir as gerações mais novas, particularmente atentas a temas como a sustentabilidade, devem ainda investir na eficácia e autenticidade das suas fontes de influência, mas também no próprio posicionamento das suas marcas”.

Para realizar este estudo, foram entrevistados cerca de 5.800 consumidores americanos de todas as idades, para avaliar a forma como evoluíram as compras da Geração Z e dos Millennials face aos seus pares mais velhos. As conclusões indicam que, não só vai evoluir a experiência de compra, como também as fontes de influência que moldam o processo de compra.

 

Lojas físicas vão continuar a ser cruciais

As restrições devido à pandemia permitiram vislumbrar como seriam compras totalmente digitais. Desde que os consumidores recuperaram a liberdade de escolher onde compram, ficou claro que queriam continuar a comprar em lojas físicas e o estudo mostra que isto também se aplica às gerações mais jovens.

Os Millennials e a Geração Z afirmaram que as lojas físicas tinham representado 38% dos seus gastos em 12 categorias nos últimos seis meses, cerca de 43% do declarado pela Geração X e não muito longe dos 53% atribuído aos Boomers e aos consumidores de mais idade. Além disso, 36% dos compradores da Geração Z e Millennials espera aumentar os seus gastos em lojas físicas nos próximos dois anos.

A adoção da tecnologia na experiência de compra e venda em loja será essencial para garantir uma experiência omnicanal fluida.

 

Interesse por inovações tecnológicas vai aumentar

Na atualidade, os consumidores nos Estados Unidos da América já estão a começar a adotar as tecnologias emergentes, com 41% dos shoppers a já ter usado, pelo menos, uma de tecnologias como virtual try-on (onde os consumidores usam a câmara dos seus dispositivos para ver como lhes ficam produtos como roupas e acessórios), virtual try-out (onde artigos como sofás são mostrados no ambiente real do consumidor), live streaming (transmissões online que mostram os produtos e ofertas) e o comércio eletrónico através das redes sociais. Esta adoção está a ser impulsionada, principalmente, pelos consumidores mais jovens.

A compra dos produtos virtuais e/ou em mundos virtuais também oferece um potencial a longo prazo, já que os mais jovens estão muito familiarizados com estes novos ambientes. Por exemplo, as dezenas de milhões de crianças com menos de 13 anos (nativos digitais) que jogam Roblox, todos os dias, o jogo imersivo e rede social, podem aí comprar produtos digitais como avatares e skins.

 

Evolução da influência

Os Millennials e a Geração Z podem ter conservado muito do apego às lojas físicas que era característico das gerações anteriores, mas isso não significa que cheguem a uma decisão de compra da mesma forma. Segundo o inquérito da Bain & Company e da Google, são duas vezes mais propensos do que as gerações mais velhas a considerar os vídeos online como a atividade de compras mais influente. Também são mais propensos do que as gerações anteriores a usar o Google Search.

 

Ascensão das compras sustentáveis depende dos retalhistas

Não há dúvida de que a sustentabilidade se está a tornar numa consideração cada vez mais influente para os compradores, à medida que os Millennials e a Geração Z conquistam mais poder económico.

Quase metade dos Millennials e da Geração Z entrevistados afirmaram que pagariam mais por produtos respeitadores do ambiente, face aos 39% da Geração X e apenas 29% dos Boomers e dos consumidores com mais idade. Esta clara preocupação com os Millennials e a Geração Z aplica-se a todos os grupos de rendimento.

No entanto, numa plataforma de compras, foram analisados os gastos dos clientes dos Estados Unidos que disseram que esperariam mais pelo envio para reduzir as emissões e serem mais ecológicos. Continuaram a fazer uma média de sete compras por mês, apenas uma a menos do que os que disseram não querer esperar. Isto sugere que podem não estar a reduzir as encomendas.

A persistente brecha entre o que dizem e o que fazem significa que, para atingirem as suas próprias metas de sustentabilidade, os retalhistas vão precisar de encorajar os Millennials e a Geração Z a alinharem os seus gastos e os seus valores.

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