desperdício alimentar
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17% dos alimentos disponíveis para consumo é desperdiçado, diz a ONU

60% deste lixo é feito em casa

Um novo relatório das Nações Unidas estima que 931 milhões de toneladas (ou 17%) dos alimentos disponíveis aos consumidores foram para o lixo, em 2019. O documento também mostra que o desperdício alimentar é um problema global e não ocorre apenas em países mais ricos.

O Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) examina o desperdício alimentar em lojas, restaurantes e residências. O relatório contém os dados mais abrangentes sobre o desperdício de alimentos recolhidos até ao momento e inclui informação de 54 países. Além de estimar que cerca de 17% de todos os alimentos vai para o lixo, também refere que cerca de 60% deste lixo é feito em casa.

O desperdício alimentar é, geralmente, considerado um problema quase exclusivo dos países ricos – os consumidores simplesmente compram mais do que precisam -, mas este estudo encontrou um nível significativo de desperdício em quase todas as nações, independentemente do nível de rendimento.

 

Lacunas

No entanto, aponta a BBC, o relatório inclui várias lacunas que poderiam explicar até que ponto o problema difere entre países de baixo e alto rendimento. Por exemplo, o estudo não faz distinção entre resíduos voluntários e involuntários. “Não analisamos essa questão com mais profundidade, mas ,nos países de baixo rendimento, a rede de frio não está totalmente garantida por causa da falta de acesso à energia”, admite Martina Otto, do PNUMA.

Com base no relatório, não é possível fazer uma distinção clara entre o desperdício de alimentos comestíveis e não comestíveis (como ossos e cascas). Estes dados específicos estão disponíveis apenas para os países mais ricos. “Os países com rendimentos mais baixos provavelmente estão a desperdiçar muito menos alimentos comestíveis”, diz Martina Otto.

O desperdício alimentar tem enormes consequências ecológicas, sociais e económicas. É responsável por 8% a 10% das emissões de gases de efeito estufa. “Se quisermos levar a sério o combate às mudanças climáticas, perda de natureza e biodiversidade, poluição e resíduos, empresas, governos e cidadãos em todo o mundo têm que fazer a sua parte para reduzir o desperdício de alimentos”, conclui o diretor do PNUMA, Inger Andersen.

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