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Vendas de bebidas alcoólicas em queda na Europa à medida que os consumidores procuram atenuar a inflação

As vendas de cerveja, vinho e bebidas espirituosas caíram 4% em todo o canal retalhista europeu no ano passado, de acordo com a IRI, à medida que os consumidores reduziram as compras discricionárias para moderar o impacto da inflação.

O valor total das vendas da categoria nos supermercados, lojas de discount, lojas de conveniência e sectores “off-licence” totalizou 66 mil milhões de euros, em 2022, menos 2,7 mil milhões de euros numa base anual.

Os dados foram revelados no relatório  “FMCG Demand Signals”, que cobre cerca de 230 categorias de produtos de grande consumo, dois mil segmentos de produtos e mais de 100 milhões de SKUs.

 

Novos padrões de consumo

É cada vez mais evidente que a procura subjacente mudou em resposta às tendências pós-pandémicas, com novos padrões de consumo e escolhas com impacto na forma como a categoria crescerá nos próximos anos“, comenta Ananda Roy, Global SVP Strategic Growth Insights na IRI.

Em 2020, as vendas de bebidas alcoólicas tiveram um ano de grande crescimento, aumentando 7,5 mil milhões para 67,3 mil milhões de euros, com os consumidores confinados às suas casas devido à Covid-19. No ano seguinte, registou-se também um aumento de 0,7%, antes da queda das vendas, em 2022.

Atualmente, de acordo com Ananda Roy, as marcas de bebidas alcoólicas são apanhadas numa “tempestade perfeita”, dada a crise do custo de vida que muitos lares enfrentam. “As vendas de bebidas alcoólicas tendem a atingir o auge durante uma recessão, uma vez que os consumidores comem dentro de casa em vez de fora. Contudo, esta recessão é alimentada por uma tempestade perfeita de preços excecionalmente elevados dos alimentos e energia, aumentos recorde das taxas de juro e crescimento anémico dos salários. Os agregados familiares têm de fazer concessões para moderar o seu impacto nos seus rendimentos disponíveis”.

 

2023

Olhando para o próximo ano, a IRI prevê que as vendas de bebidas – seja dentro ou fora do lar – dificilmente crescerão sem investimento em novos produtos adaptados às necessidades e momentos de consumo dos clientes.

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