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Vendas da Sonae crescem 10,9% em 2022

A Sonae fechou as contas de 2022 com lucros de 342 milhões de euros, 27,7% acima do ano anterior. Ainda assim, adianta a empresa a margem de lucro recuou e o resultado líquido atribuível aos acionistas, excluindo os itens não recorrentes, diminuiu quase 17%, para 179 milhões de euros.

Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, refere que esta queda dos resultados se deve ao esforço em estar ao lado das famílias, absorvendo parte da inflação, ao aumento significativo dos custos e ao resultado indireto de menos de 43 milhões de euros, na sequência das imparidades no negócio de retalho de moda, da desvalorização dos ativos da Sierra e do impacto cambial no valor dos ativos da Bright Pixel.  “Durante o ano, a inflação aumentou para níveis que o mundo não havia presenciado neste século, sobretudo devido aos aumentos acentuados nos custos da energia e às perturbações nas cadeias de abastecimento, que afetaram toda a economia. O elevado nível de inflação, juntamente com as crescentes taxas de juro, colocaram sob pressão o rendimento disponível das famílias e, consequentemente, alteraram os seus padrões de consumo. Na Sonae, rapidamente percebemos os impactos potenciais nas nossas comunidades e agimos em conformidade para os mitigar. Para evitar uma maior sobrecarga nos orçamentos familiares, os nossos negócios de retalho suportaram parte da pressão inflacionista, à custa da sua própria rentabilidade”.

O EBITDA subjacente registou um desempenho inferior às vendas, ao crescer 6% para 635 milhões de euros, registando-se uma redução da margem operacional de 41 pontos base, para 8,2% no ano.

 

Vendas crescem 10,9%

As vendas cresceram 10,9%, para mais de 7,7 mil milhões de euros, resultado de ganhos de quota de mercado e dos investimentos realizados na expansão dos negócios. As vendas online agregadas cresceram 17% e superaram 700 milhões de euros.

A MC, a empresa de retalho alimentar do grupo, atingiu os seis mil milhões de euros, num crescimento de 11,5% face ao período homólogo e de 9,6% em termos comparáveis. A Sonae realça que o crescimento do volume de negócios da MC ficou significativamente abaixo do aumento da inflação alimentar em Portugal, que no ano de 2022 foi de 13%.

Ao absorver parte dos aumentos de custos dos produtos e dos impactos da inflação, o resultado líquido da unidade de retalho alimentar da Sonae diminuiu 17,8%, para 179 milhões de euros.

 

Worten cresce 3,8%

No retalho de eletrónica, a Worten cresceu tanto no segmento de eletrónica e eletrodomésticos como em novas categorias, beneficiando do seu marketplace e da oferta de serviços. O desempenho no quarto trimestre também foi positivo, com o volume de negócios a crescer 7,9% face ao período homólogo , conduzindo a um volume de negócios total de 1,2 mil milhões de euros em 2022, mais 5,4% em termos homólogos e 3,8% numa base comparável. O investimento na transformação digital em curso e o aumento dos custos, sobretudo de energia, durante o ano conduziram a um EBITDA subjacente de 76,2 milhões de euros, o que representa uma ligeira redução face ao ano passado, com uma margem de 6,2%.

Por outro lado, após dois anos desafiantes para o sector de moda, devido à pandemia, 2022 trouxe novos desafios. No entanto, apesar de ainda abaixo dos níveis de 2019 devido ao contexto, o volume de negócios cresceu 12% em termos homólogos, para 387 milhões de euros, com um contributo positivo de todas as marcas. O EBITDA subjacente ficou praticamente em linha, traduzindo numa redução da margem de 0,9 pontos base para 7%.

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