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A venda direta tem vindo a afirmar-se em Portugal cada vez mais como uma oportunidade para os empreendedores, oferecendo uma solução acessível e prática, entre as várias alternativas de negócios. Em Portugal, o sector movimentou em 2023 mais de 170 milhões de euros. Com cerca de 182 mil agentes independentes ativos, dos quais 74% são mulheres, Portugal consolida-se como o décimo quarto maior mercado de venda direta na Europa, revela o Instituto Português de Venda Direta (IPVD).
Os dados de 2023, a nível europeu, mostram ainda que o sector movimentou cerca de 36 mil milhões de dólares e registou um aumento de 3,6% relativamente ao ano anterior.
O sector tem evoluído com a sociedade e com o comportamento das pessoas, unindo a vantagem competitiva do sector – personalização no serviço prestado ao consumidor – com as novas formas de compra online. Personalização, experiência, e conveniência são assinatura da venda direta.
Sandra Silva, presidente do IPVD, destaca: “a venda direta cresce de forma global, e está em transformação. E, o nosso país, acompanha essa evolução com características muito próprias. Em Portugal, há uma cultura empreendedora e a tendência é de crescimento das atividades ligadas ao empreendedorismo. Além disso, há o desejo de flexibilidade no trabalho, principalmente entre os jovens, que procuram um modelo que se adequa ao seu estilo de vida e às novas tendências de compra e de consumo, onde o social selling é imperativo. Na venda direta oferecemos isso mesmo. A possibilidade de empreender num mundo híbrido onde o digital e o offline coexistem para maximizar a experiência do consumidor e o sucesso dos empreendedores. Tudo isto, num negócio com baixa barreira à entrada e uma solução chave na mão com produtos, formação e ferramentas de gestão”.
Digitalização
A pandemia (2020 e 2021) marcou a expansão do negócio da venda direta em Portugal e acelerou processos anteriores no sentido de uma maior digitalização do sector, passando ao modelo híbrido atual que responde às tendências de consumo e também à diferenciação deste sector – a personalização e proximidade.
Além da digitalização, tem surgido um novo perfil dos empreendedores do sector de venda direta. Em 2023, a nível europeu, cerca de metade dos agentes de venda direta (48,7%) tinham entre 35 e 54 anos, tendo como objetivo fontes de rendimento alternativas ao seu trabalho. Atualmente, observa-se uma nova tendência. O modelo ganha tração entre as gerações mais novas, dotadas de forte conhecimento tecnológico, mentalidade orientada para a mudança e iniciativa empresarial, que estão a contribuir para mudar o negócio.
Para esta geração, este modelo é acessível, com baixo investimento, e representa uma oportunidade para rendimentos de forma independente. Além de possibilitar o desenvolvimento de competências essenciais como liderança, gestão e ampliação de redes de contacto, pode contribuir para aumentar a autonomia financeira.
Para 2025, o sector da venda direta tem como objetivo em Portugal crescer respeitando o seu ADN – propósito, liberdade, autonomia e impacto – de mãos dadas com a digitalização, sustentabilidade e inovação.