Oiça este artigo aqui:
A UPS planeia cortar 20.000 postos de trabalho este ano, como parte de um esforço de redução de custos no meio da mudança no panorama do comércio global desencadeada pelas tarifas do Presidente Donald Trump.
A medida surge numa altura em que o gigante dos transportes marítimos se debate com uma fraca procura, especialmente por parte dos seus maiores clientes. A UPS afirmou que também pretende encerrar 73 instalações até ao final de junho, reporta o Business Insider.
“Com a nossa ação, emergiremos como uma UPS ainda mais forte e mais ágil”, afirmou a CEO da empresa, Carol Tomé, num comunicado na terça-feira. Tomé afirmou que a transformação ajudaria a UPS a adaptar-se a “um ambiente comercial em mudança” e a posicionar-se melhor para um crescimento a longo prazo.
A UPS disse que pouparia 3,5 mil milhões de dólares em 2025 com os cortes.
Resultados do primeiro trimestre
A UPS fez o anúncio ao mesmo tempo que apresentou o seu relatório de resultados do primeiro trimestre de 2025, que mostrou uma ligeira queda nas receitas para 21,5 mil milhões de dólares – menos 0,7% do que no mesmo período do ano passado – enquanto o seu lucro operacional ajustado subiu 0,9% para 1,7 mil milhões de dólares.
O gigante das encomendas também retirou a sua orientação financeira para o ano, dizendo que a incerteza em torno do impacto das tarifas de Trump significava que não podia fornecer previsões.
O esforço de redução de custos surge depois de a UPS ter dito aos investidores, no início deste ano, que iria reduzir o seu negócio com a Amazon em 50% até meados de 2026, invocando razões de rentabilidade.
“Não foi um pedido deles”, disse Tomé numa reunião com investidores em janeiro. “Fomos nós. Isto foi a UPS a assumir o controlo do nosso destino”.
Siga-nos no:
