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União Europeia suspende tarifas sobre importações da Ucrânia

Foto Shutterstock

A Comissão Europeia propôs a suspensão de um ano dos direitos de importação de todos os bens ucranianos não abrangidos por um acordo de comércio livre existente, para ajudar a economia do país durante a guerra com a Rússia.

De acordo com a agência Reuters, as medidas aplicar-se-ão, nomeadamente, às frutas e produtos hortícolas, sujeitos a requisitos mínimos de preço, produtos agrícolas que enfrentam quotas e certos bens industriais, tarifas que só deveriam ser eliminadas, gradualmente, até ao final de 2022.

Esta eliminação progressiva, prevista no acordo de livre comércio UE-Ucrânia de 2016, aplica-se a fertilizantes, produtos de alumínio e automóveis.

A União Europeia isentará, igualmente, a Ucrânia de medidas de salvaguarda que limitem as importações de aço e levantará as tarifas anti-dumping que atualmente impõe aos tubos de aço ucranianos, aos produtos siderúrgicos planos laminados a quente e às tábuas de engomar.

A medida terá agora de ser acordada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros, para entrar em vigor.

 

Aliviar as dificuldades

A Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial dos 27 países da União Europeia, reitera que estas medidas sem precedentes foram concebidas para aliviar as dificuldades dos produtores e exportadores ucranianos face à invasão da Rússia. “Desde o início da agressão da Rússia, a União Europeia tem dado prioridade à importância de manter a economia da Ucrânia em andamento, o que é crucial tanto para ajudá-la a vencer esta guerra como para se recuperar, após a mesma“, disse o vice-presidente da Comissão e comissário do Comércio, Valdis Dombrovskis.

No ano passado, o comércio bilateral UE-Ucrânia foi superior a 52 mil milhões de euros, o dobro do nível antes do acordo de comércio livre de 2016.

Com o transporte marítimo ucraniano, através do Mar Negro, agora cortado pela marinha russa, a União Europeia também se moveu para ajudar no transporte terrestre de mercadorias ucranianas, por exemplo, facilitando as condições de entrada para os camionistas ucranianos.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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