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Trabalho híbrido aumenta a produtividade, mas também a pressão

Foto Shutterstock

A pandemia de Covid-19 continua a moldar as práticas, comportamentos e atitudes em relação ao trabalho, com profissionais e líderes a apelar a mudanças contínuas e permanentes nos modelos, horas de trabalho e avaliação de desempenho.

O Grupo Adecco revela os resultados do seu último e mais abrangente estudo global, Resetting Normal: Defining the New Era of Work/2021, que destaca as questões-chave que as empresas devem conseguir adaptar com sucesso neste período de transição.

O estudo mostra claramente que “um tamanho único não serve para todas as pessoas” quando se trata de responder às necessidades dos profissionais. “Agora é o momento de começar a colmatar esta lacuna, desenvolvendo e equipando líderes e profissionais com as competências e capacidades de que necessitam para reacender a motivação e construir uma cultura empresarial coesa que mantenha e desenvolva uma força de trabalho bem-sucedida, resiliente e saudável. É neste contexto que a batalha pelo talento irá acontecer. As empresas capazes e dispostas a reconhecer e a lidar com estas questões irão prosperar e as que não o são poderão ser deixadas para trás”, considera o CEO do Grupo Adecco, Alain Dehaze.

 

Trabalho híbrido está a para ficar, mas flexibilidade é fundamental

O estudo revela que, globalmente, mais de metade (53%) dos profissionais quer um modelo de trabalho híbrido em que, pelo menos, metade do tempo a trabalhar seja remoto, sendo que uma grande proporção dos inquiridos (71%) tem agora na sua casa as condições que permitem um trabalho remoto eficaz.

Os últimos 18 meses provaram que o trabalho à distância não implica uma perda de produtividade,e que é possível uma forma de trabalho mais inclusiva e flexível. Mais de três quartos dos inquiridos querem manter a flexibilidade do seu próprio horário, regressando ao escritório, mas nos seus próprios termos. Este dado é mais incisivo nas gerações mais jovens e pais, que pedem mais tempo de escritório, com aqueles que têm filhos a querer estar no escritório mais (51%) do que aqueles que não o querem (42%).

 

Produtividade e orientação para os resultados

Embora muitos tenham beneficiado do trabalho híbrido, nem todos tiveram uma experiência positiva. As questões relativas à duração da semana de trabalho devem ser abordadas, uma vez que o futuro se mantém flexível, com menção de longas horas a aumentar 14% no último ano e mais de metade dos inquiridos (57%) afirmando que seriam capazes de fazer o mesmo trabalho em menos de 40 horas.

73% dos funcionários e líderes pedem para ser avaliados pelos resultados, ao invés das horas trabalhadas, uma tendência que já era forte em 2020.

 

Saúde mental deficiente

O relatório também revela que estamos em risco de perder uma nova geração de líderes, com mais de metade dos jovens líderes (54%) a sofrer de “burnout” e três em cada 10 inquiridos a afirmar, de um modo mais geral, que a sua saúde mental e física diminuiu nos últimos 12 meses.

As empresas devem reavaliar a forma como podem apoiar melhor e fornecer recursos de bem-estar às suas pessoas, dentro do novo modelo de trabalho híbrido, com 67% dos não gestores a afirmar que os líderes não satisfazem as suas expectativas de verificar o seu bem-estar mental.

 

Défice de liderança

De natureza semelhante, existe uma grande desconexão entre as opiniões da direção sobre o seu próprio desempenho e a opinião das suas equipas. A satisfação com a liderança é baixa, com apenas um terço dos não gestores a sentir que estão a obter o devido reconhecimento dentro da empresa e apenas metade dos inquiridos diz que os seus gestores cumpriram ou excederam as expectativas de encorajar uma boa cultura de trabalho (48%) ou ajudar a apoiar o seu equilíbrio trabalho/vida pessoal (50%). Isto é particularmente forte na Europa Ocidental e no Japão, cuja satisfação com a liderança sénior é mais baixa.

Finalmente, as conclusões salientaram que, com o baixo nível de motivação e empenho, menos de metade dos inquiridos estão satisfeitos com as perspetivas de carreira na sua empresa, quase dois em cinco estão a mudar ou a considerar novas carreiras e 41% estão a considerar mudar para empregos com opções de trabalho mais flexíveis. A “demissão em massa” ainda não é evidente, mas chegou o momento de as organizações se reconectarem com a sua força de trabalho. Além disso, dois terços dos profissionais estão confiantes de que as empresas vão recomeçar a contratar significativamente, com segurança, cultura, bem-estar e desenvolvimento dos aspetos mais importantes do emprego para o futuro.

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