Em julho registou-se um aumento de 28% no total de ações de insolvência, com 499 empresas insolventes, mais 109 que em igual período de 2017. O total acumulado, até julho, foi de 4.042 empresas, mais 6,9% que em 2017.
As declarações de insolvência requeridas diminuíram 6,1% face a 2017, enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas registaram uma diminuição em 4,4% e os encerramentos com plano de insolvência uma redução de 34,2% relativamente a 2017. Apenas as declarações de insolvência (encerramento de processos) cresceram 19,4% nos primeiros sete meses do ano.
Lisboa e Porto são os distritos com o acumulado de insolvências mais elevado, 1.113 e 901, respetivamente. Em relação a 2017, estes valores traduzem aumentos de 1,8% para Lisboa e 21,4% para o Porto. Estes dois distritos representam 49,8% do total nacional.
Os aumentos mais notórios até final de julho verificaram-se nos distritos de Beja (130,8%), Angra do Heroísmo (116,7%), Guarda (67,7%), Castelo Branco (51,2%), Vila Real (40,5%) e Faro (40,4%). Dos 22 distritos, 15 registaram aumentos e correspondem a 75% do total nacional.
As diminuições face ao mesmo período de 2017 são registadas em seis distritos: Madeira (18%), Évora (16%), Setúbal (13,9%), Leiria (11,5%), Viseu (11,6%) e, por último, Viana do Castelo (4,5%). Estes distritos representam 17,1% do total nacional de insolvências.
Por sectores, até final de julho, só três apresentam um decréscimo de insolvências: telecomunicações (-33,3%), transportes (-7,2%) e hotelaria e restauração (-0,9%). Os sectores com aumentos mais significativos são a indústria extrativa (140%), eletricidade, gás, água (38,5%), agricultura, caça e pesca (19,6%), comércio a retalho e por grosso (9,3% e 12,9%, respetivamente) e comércio de veículos (9,2%).
Relativamente às constituições, em julho, foram constituídas 3.171 novas empresas, mais 112 que em termos homólogos (crescimento de 3,7%). No acumulado, o aumento face a 2017 é de 11,3%.
O número mais significativo de constituições registou-se no distrito de Lisboa, com 9.647 novas empresas (aumento de 18,2%). O Porto ocupa a segunda posição, com 4.981 novas constituições (aumento de 14,6%), seguido pelo distrito de Setúbal (2.059 novas empresas, que traduzem um crescimento de 20,8%). Seguem-se Braga com 2.014 empresas (+7,5%), Faro com 1.596 empresas (+11,7%), Aveiro com 1.236 empresas (+1,5%), Leiria com 1.026 empresas (+6,2%), Coimbra com 740 empresas (+6,6%) e a Madeira com 653 empresas (+6%).
As descidas mais significativas registaram-se nos distritos da Horta (-28,2%), Portalegre (-24,8%), Bragança (-17,2%), Beja (-14,6%), Santarém (-6,3%) e Castelo Branco (-1,1%).
Até julho, os sectores que manifestaRAm maior peso nas novas constituições foram os outros serviços (representam 47,7% do total), hotelaria/restauração (11,9%), construção e obras públicas (9,5%) e comércio a retalho (8,3%).
Os sectores com aumentos mais significativos nas constituições foram os transportes (55,9%), indústria extrativa (33,3%), construção e obras públicas (22%) e comércio de veículos (16,4%). Com valores negativos face a julho de 2017, surgem os sectores da agricultura, caça e pesca (-34,5%), eletricidade, gás e água (-6,9%) e telecomunicações (-3%).