A inteligência artificial (IA) emergiu como uma tecnologia central na indústria publicitária nos últimos anos. Utilizada para criar “human fakes”, avatares que parecem reais, mas são gerados por IA, a tecnologia é recebida com cautela por muitos consumidores, segundo um estudo da agência WongDoody.
Embora o público geral reconheça os benefícios da IA para processos criativos, há uma preocupação com a manipulação ética e a autenticidade associadas ao seu uso.
Transparência como fator de aceitação
Os consumidores valorizam a transparência quando as marcas utilizam IA, especialmente em campanhas que destacam os benefícios de produtos. No Reino Unido, por exemplo, a identificação clara de conteúdos gerados por IA aumenta a perceção de ética e honestidade das marcas. Bianca Mack, vice-presidente de experiências imersivas da WongDoody, sublinha que “as marcas devem assumir a responsabilidade social ao integrar ‘human fakes’ nas suas campanhas, garantindo autenticidade e realismo para evitar distorções de ideais de beleza e potenciais violações éticas”.
Embora os consumidores não rejeitem completamente o uso de IA na publicidade, a aceitação depende de como a tecnologia é integrada. O estudo sugere que, para marcas voltadas à naturalidade, o uso intensivo de IA pode gerar desconfiança. A chave é equilibrar inovação tecnológica com comunicação autêntica, destacando os benefícios reais dos produtos e evitando criar expectativas que não possam ser atendidas.
Futuro da IA na publicidade
Especialmente para marcas orientadas à tecnologia, a IA oferece um terreno fértil para explorar novas formas de envolvimento. No entanto, a cautela é essencial. “É preferível introduzir a IA de forma gradual, garantindo que os humanos continuem a desempenhar os papéis centrais nos processos criativos e decisórios”, destaca o estudo.