O Centro Nacional de Tecnologia e Segurança Alimentar (CNTA) espanhol identificou quatro tendências para a indústria alimentar no novo cenário pós-Covid-19.
Uma destas tendências será uma maior preocupação por dietas que tenham um impacto na saúde. Tem havido um aumento significativo na procura de alimentos funcionais e que reforcem o sistema imunitário, levando ao surgimento do conceito Food for Immunity.
Por outro lado, as proteínas vegetais ou as alternativas aos produtos de origem animal poderão sofrer um travão no seu crescimento, num cenário de compra mais racional e com maior critério económico.
O e-commerce vai, por seu turno, sofrer uma revolução. As cadeias de distribuição estão a estabelecer parcerias com as empresas de entregas ao domicílio para dar resposta à procura e os fabricantes a entregar diretamente no lar.
Finalmente, a sustentabilidade continuará a ser um dos fatores de consumo. No entender do CNTA, os consumidores serão conscientes que cada ato de consumo tem consequências no ambiente. Ao mesmo tempo, o plástico, que até aqui estava a ser tão rechaçado, converteu-se em garantia de segurança para o consumidor.
Proteína vegetal com grandes investimentos
Perante estas tendências, apresentadas num webinar dedicado, diversos especialistas consideram, em primeiro lugar, que a proteína vegetal conta com grandes investimentos e que, apesar do seu crescimento poder vir a desacelerar, terá peso e irá conviver com a animal, oferecendo produtos complementares.
Além disso, advogar por uma sustentabilidade integral, com maior peso do local, e por uma inovação que nasça das necessidades do consumidor será ainda mais importante.
Finalmente, o consumidor terá muito mais em conta alimentos que impactem a sua saúde e analisará o que há por detrás de cada produto que consome, apostando em empresas com as quais partilhe os valores.
