A Covid-19 e o confinamento conduziram a uma forte necessidade de ajuste e adaptação e, consequentemente, novos valores e preocupações surgem agora na vida dos portugueses.
De acordo com os dados da Ipsos Apeme, não obstante a importância da solidariedade, que se destaca entre os valores mais macro e sociais, os cidadãos inquiridos revelam uma forte preocupação para com os valores mais micro e de carácter individual. É neste plano individual que existem as maiores e novas “preocupações”: a saúde mental (48%), a saúde física (47%) e a família (47%) lideram o ranking, mas também a amizade (36%) e o voltar à rotina (32%) são mais importantes do que antes.
Num plano social, a solidariedade (42%) domina e surge em quarto lugar no ranking total. Também a segurança (38%) é agora um valor mais importante.
E por sexo?
As mulheres estão tendencialmente mais preocupadas que os homens. Dos principais valores referidos, as mulheres dão mais importância, com uma diferença significativa em relação aos homens, a valores como a saúde mental, a segurança e o voltar à rotina.
E por faixa etária?
Numa análise por faixas etárias, conclui-se que todos os indivíduos, do 18 aos 65 anos, dão muita importância à saúde mental. Os mais novos (18 aos 34 anos) e os mais velhos (55 aos 65 anos) estão a dar mais importância à saúde física, numa altura em que os ginásios estão fechados e que o sedentarismo levanta outras preocupações.
Verifica-se uma clara tendência em relação ao valor família neste período de pandemia. Ao longo da idade, a família vai assumindo maior importância.
Os inquiridos com idade compreendida entre os 55 e os 65 anos destacam-se dos restantes estratos etários em valores como a solidariedade, a segurança e a amizade.
Os mais jovens são aqueles que consideram agora mais importante voltar à rotina.