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Temperaturas elevadas alteram dinâmica de consumo fora de casa

Nos primeiros nove meses do ano, até 11 de setembro, as elevadas temperaturas que se fizeram sentir a partir de junho mudaram radicalmente a dinâmica de consumo dos portugueses fora de casa.  Todos os portugueses (98,9%) consumiram algo fora de casa, gerando mais de 200 milhões de ocasiões de consumo, o equivalente a 630 ocasiões por minuto.

De acordo com dados da Kantar Worldpanel, cada português gastou em média 1,14 euros em cada ato de compra, o que resulta do facto do café ser o produto mais consumido fora de casa, devendo-se à forte ligação sócio-cultural dos portugueses com a categoria: 84,7% consumiram café fora de casa e 55,3% do total de ocasiões de consumo fora de casa pertencem a esta categoria.

Para além do café, as bebidas refrescantes sem gás (águas, refrigerantes e sumos/néctares) representaram igualmente uma importante fatia neste mercado e contribuíram para a forte ligação dos portugueses com o consumo exterior.

À medida que se aproxima a época de verão assiste-se, naturalmente, a uma inversão na procura entre produtos designados de “quentes” versus “frios”.  No entanto, as elevadas temperaturas que se fizeram sentir este ano anteciparam essa dinâmica, onde as bebidas quentes perdem espaço em detrimento das bebidas refrescantes com e sem álcool e do snacking gelado. Mais especificamente, existiu um aumento substancial de consumidores de gelados (23%), de cervejas (10,1%), de águas (8,3%), de sidras (3,9%) e refrigerantes sem gás (3,7%) e, por outro lado, baixou a procura de bebidas quentes (café e chá) e chocolates.

Os momentos de consumo mais ativos fora de casa começam bem cedo até ao lanche da tarde. Porém, cerca de metade de todas as ocasiões de consumo no exterior concentram-se no almoço (24,5%) e no lanche da tarde (24,4%).  Mas momentos de consumo noturnos, como jantar e pós-jantar, ganham maior importância em época de sol, férias e dias mais longos. Do lado oposto, os lanches da manhã e almoço são menos valorizados.

A grande fatia de consumo fora de casa (98,5%) concentra-se no canal Horeca, onde as cafetarias, snack bares, restaurantes, cadeias de fast food/pizzarias e pastelarias/padarias têm um papel ativo. Entre as preferências de consumo no canal Horeca, destaca-se o café, as bebidas espirituosas, as cervejas, as sidras e os gelados,  com maior afinidade versus a média do mercado.

No entanto, quatro em cada 10 portugueses já escolhem a distribuição moderna para comprar algo para consumo fora de casa. Continente e Pingo Doce são insígnias preferidas (maior penetração) para comprar produtos para consumo fora do lar, nomeadamente batatas fritas, chocolates, pastelaria embalada, snacks salgados e pastilhas elásticas.

Apesar do canal ainda representar cerca de 6% do volume total de ocasiões de consumo fora do lar, a procura pelo melhor preço e conveniência ganham maior relevância no “out of home” e colocam a distribuição moderna numa posição privilegiada, já que cada português gasta em média por ato de compra 14% menos do que o canal Horeca e com mais quantidade.

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