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Taxa de incumprimento nas operações comerciais em Espanha situa-se nos 6%

De acordo com o “Barómetro de Práticas de Pagamento 2023” elaborado pela Crédito y Caución, apenas 45% das faturas para operações entre empresas em Espanha é pago no prazo acordado. Essa taxa reflete um agravamento de dois pontos percentuais face ao comportamento registado há um ano.

O estudo revela, ainda, que 49% do crédito comercial que os fornecedores concedem aos seus clientes na hora de cobrar os seus produtos e serviços no mercado espanhol é cobrado com atraso e que cerca de 6% resulta em incumprimentos.

Nos últimos meses, 36% das empresas espanholas sentiu um agravamento dos prazos de pagamento dos seus clientes, acima dos 21% que registou uma melhoria.

A evolução dos preços teve um forte impacto sobre o tecido produtivo espanhol. Apenas 2% das empresas não sofreu alterações na sua estrutura de custos devido à inflação. O impacto principal sentiu-se nos custos de produção (para 28% das empresas), a que se seguiram os custos de armazenamento e manutenção de inventários (22%), custos financeiros (20%), queda na procura dos seus produtos e serviços (16%) e custos laborais (11%).

Para se protegerem da falta de liquidez e evitarem o risco de ficar sem fundos devido aos pagamentos em atraso, 50% das empresas espanholas procurou financiamento externo, 46% atrasou os seus investimentos e 41% aumentou o tempo e os recursos dedicados à cobrança de faturas em dívida. O estudo revela que 36% das empresas atrasou o pagamento das suas próprias faturas, disseminando os problemas de morosidade ao longo da cadeia de fornecimento e 32% colocarou a cobrança em empresas externas de cobrança de dívidas comerciais.

Para o fecho de 2023, 61% das empresas espanholas prevê um crescimento dos seus negócios e 51% espera poder ampliar as suas margens. O barómetro revela que 40% das empresas antecipa uma melhoria nas práticas de pagamento dos seus clientes, muito acima dos 14% que espera uma deterioração.

O difícil panorama de risco de crédito comercial em Espanha reflete-se numa marcada tendência de baixa nas vendas B2B realizadas a crédito, durante os últimos 12 meses. Atualmente, uma média de 49% das vendas B2B é realizado a crédito, contra os 56% registados o ano passado. As empresas de construção espanholas são as que mais contribuíram para esta descida, já que a procura no sector foi muito afetada pelo significativo aumento dos custos dos empréstimos, fator ao que são muito sensíveis. Embora a inflação alimentar continue elevada, o sector agroalimentar mostrou um maior dinamismo nas operações a crédito, tal como os sectores siderúrgico e metalúrgico, graças ao atenuar da crise energética“, explica o relatório.

 

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