in

Empresas do leste europeu temem queda nos lucros, apesar do aumento das vendas

lucros

O principal receio das empresas da Europa de Leste é a potencial ameaça que o contexto económico do próximo ano representará para a sua rentabilidade, conclui o último “Barómetro de Práticas de Pagamento” divulgado pela Crédito y Caución.

Embora o tecido produtivo preveja uma recuperação da procura que conduza a um aumento das vendas, muitas empresas não esperam que isso se traduza em maiores lucros devido à pressão contínua sobre as suas estruturas de custos. 55% das empresas da Europa Oriental prevê um crescimento do volume de negócios, mas apenas 39% espera que os seus resultados cresçam nos próximos meses.

 

Aumento do risco de crédito

Este estado de incerteza é amplificado pela expectativa de um aumento dos custos de gestão do risco de crédito face a um esperado agravamento do comportamento de pagamento dos clientes B2B. As empresas da Europa Oriental antecipam que dedicarão mais tempo e recursos à cobrança de faturas em atraso e, ao mesmo tempo, terão de reforçar os processos de gestão do crédito comercial. Este aumento de custos poderá afetar ainda mais a rentabilidade e dificultar o desenvolvimento das suas operações comerciais.

A preocupação com potenciais problemas de liquidez que afetem a saúde financeira é outra preocupação clara das empresas da Europa Oriental. 79% espera que o período médio de cobrança melhore ou não apresente alterações nos próximos meses, enquanto 21% prevê uma deterioração e possíveis estrangulamentos na sua liquidez. O período médio de cobrança já era elevado, o que levou muitas empresas a encurtar os prazos de pagamento e a melhorar a recuperação a longo prazo, para manter a liquidez interna e reduzir a necessidade de empréstimos externos, o que afetaria ainda mais a sua estrutura de custos.

 

Proteção da rentabilidade

Para proteger a rentabilidade face a este cenário de risco de crédito em deterioração, muitas empresas do leste europeu concentrar-se-ão na gestão do risco de crédito do comércio B2B. 49% planeia fazê-lo internamente, uma abordagem sobre a qual pesa a incerteza de se saber se seria possível absorver o impacto de incumprimentos significativos que coloquem em perigo a sobrevivência das empresas. Isto pode ser a razão pela qual aumentou em 20% o número de empresas que ponderam contratar um seguro de crédito, nos próximos 12 meses, para se protegerem contra o impacto dos incumprimentos e manter recursos financeiros libertos para operações comerciais.

Embora a inflação esteja a cair e o seu impacto também tenha sido mitigado pela força das moedas locais no leste europeu, permanece uma forte pressão sobre o ambiente de negócios. A ameaça de uma pressão excessiva sobre os custos reduz as margens de lucro e compromete a viabilidade das empresas. Neste contexto, a proteção das contas a receber reveste-se de uma importância vital para as empresas de todos os sectores. Uma abordagem estratégica para a gestão de crédito, envolvendo o seguro de crédito, pode ajudar as empresas a mitigar o impacto do risco de crédito dos clientes B2B nas suas operações de negócios e alcançar o crescimento através de uma negociação segura nos difíceis tempos económicos atuais“, explica o diretor regional sénior da Atradius para a Alemanha, Europa Central e Oriental, Thomas Langen.

 

Siga-nos no:

Google News logo

Brico Depôt

Brico Depôt vai abrir nova loja em Lisboa

Quinas

Quinas cria um novo conceito de venda de cerveja à pressão ambulante