O Grupo SIMAB encerrou o ano de 2017 com os melhores resultados líquidos de sempre, no valor de 4.966 milhares de euros, representando um aumento de 34 milhares de euros (+0,7%) face a 2016, facto que se verifica pelo segundo ano consecutivo.
O EBITDA, totalizando 11.744 milhares de euros, representou um aumento de 553 milhares de euros (+5%) face ao valor registado no ano anterior. Em termos consolidados, as contas agora aprovadas registam margens operacionais positivas de 69% ao nível do EBITDA e de 38% ao nível do EBIT. O resultado operacional (EBIT) recorrente atingiu o valor de 7.017 milhares de euros, sensivelmente em linha com o registado no ano anterior.
Rui Paulo Figueiredo, o CEO da “holding” pública, lembra que, num período caracterizado pelo maior volume de investimento jamais realizado desde a entrada em funcionamento dos mercados, que totalizou 3.244 milhares de euros, a par da criação de condições para a existência de mais investimento privado, foi possível reforçar a solidez do balanço, tendo a dívida financeira líquida reduzido em 5.817 milhares de euros, cerca de 10% face a 2016.
A dívida financeira do Grupo SIMAB tem diminuído de forma progressiva e consistente, ascendendo a 54.937 milhares de euros em 31 de dezembro de 2017, que compara com os 60.815 milhares de euros em 2016 (-9,7%) e com os 67.494 milhares de euros em 2015 (-18,6%). A dívida de longo prazo representa 88% do total da dívida.
Os resultados financeiros registaram uma melhoria de 81 milhares de euros (+14%), sendo que, em 2016, haviam registado uma melhoria de 407 milhares de euros (+41%). “Em 2017, importa realçar, destaca-se a construção de um novo edifício, no MARL, com uma área de 3.000 metros quadrados; para além deste investimento de expansão, os investimentos de reposição da capacidade produtiva dos mercados, muito carenciados depois da ausência de investimento, bem como em novos meios tecnológicos, que possibilitem diminuir a despesa operacional, prestar melhor serviço, têm vindo a ganhar maior peso no plano de despesas de capital, sendo este investimento fundamental para garantir a qualidade, a eficiência da operação e a inovação de propostas de valor, tendo um papel relevante no potencial de crescimento das vendas a médio/longo prazo”, diz Rui Paulo Figueiredo.
De acordo com o líder do Grupo SIMAB, em 2017, na área comercial, “destacou-se a realização de um vasto conjunto de contactos que deixam boas perspetivas para novos contratos, a celebrar em 2018, que aumentarão ainda mais o volume de negócios num futuro próximo, não só nos sectores ‘core’ dos mercados, mas também na logística, transportes e em áreas complementares”.
Rui Paulo Figueiredo lembra que, em 2017, foi também apresentado o plano estratégico do Grupo SIMAB, que reposiciona os mercados abastecedores no contexto da distribuição moderna e a atividade do Grupo SIMAB em termos de revitalização dos mercados municipais e apoio à comercialização de produtos de cadeia curta. “Espera-se, ainda, que se acentue a tendência para um crescimento ao nível das duas principais áreas de negócio dos mercados, logística e distribuição hortofrutícola, que continuarão a caracterizar os mercados abastecedores como uma das âncoras da atividade económica das áreas geográficas de mais direta influência”, sublinha.
O CEO recorda que a SIMAB é uma empresa 100% pública, que gere quatro mercados abastecedores que se assumem também como referências regionais enquanto centros logísticos na Área Metropolitana de Lisboa e nas regiões do Minho, do Alentejo e do Algarve. Estes quatro mercados reúnem nas suas instalações as principais empresas dos sectores agroalimentares, de logística, distribuição e transportes, “mais de 1.500 empresas, com mais de 6.000 colaboradores”, que, “de forma rigorosa, trabalham para levar a mais de 4,6 milhões de consumidores as melhores frutas, os legumes mais frescos, o peixe acabado de pescar e tantos outros produtos que chegam à casa e à mesa desses consumidores. Diariamente, passam por estes mercados abastecedores os produtos mais frescos e de elevada qualidade, que são vendidos às cadeias de distribuição, aos pequenos mercados, restaurantes e mercearias; anualmente, entram mais de 1,8 milhões de clientes nesses espaços e são aí transacionadas mais de 750 mil toneladas de produtos”, conclui.