A Shiseido procura crescer através de compras, para aumentar a sua presença no mercado externo, indicou o seu CEO, Masahiko Uotani, ao Financial Times.
A estratégia por trás desta iniciativa é capitalizar o boom turístico que se espera após a pandemia. A empresa olha para além da China, o seu principal mercado em volume de negócios, que concentra quase 30% das suas vendas, para aumentar a sua presença internacional e diversificar as suas receitas. O grupo concentrar-se-á em mercados como os Estados Unidos, a Europa, a Índia e África, assim que a pandemia estiver sob controlo.
Segundo o CEO do grupo de cosmética japonês, concentrar grande parte do volume de negócios da empresa no mercado chinês comporta certos riscos, apesar da Shiseido considerar que o país representa uma grande oportunidade, a longo prazo.
Compras
A Shiseido vai focar-se em empresas especializadas em cuidados com a pele, um dos sectores da cosmética que mais cresceram nos últimos anos e que tem sido reforçado, como resultado da pandemia. A empresa japonesa procura expandir o seu portfólio com compras e fusões para cobrir todas as necessidades dos consumidores e, paralelamente, vai aumentar os seus investimentos em projetos digitais e de análise de dados.
No final de 2019, a Shiseido adiantou-se à Estée Lauder e selou a compra da Drunk Elephant, uma empresa norte-americana de cuidados com a pele, por 845 milhões de dólares.