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Sector do retalho regista ligeiro crescimento

O sector do retalho, alimentar e não alimentar, registou no primeiro semestre de 2014 um ligeiro crescimento, de 0,4% face ao período homólogo, com um total de volume de vendas de 8.475 milhões de euros, de acordo com o Barómetro de Vendas da APED – Associação Portuguesas de Empresas de Distribuição.

A deflação sentida sobretudo nos produtos alimentares, conjugada com a aposta em diversos formatos promocionais, levou a uma estabilização do crescimento das vendas do retalho alimentar em 0,4%. Por outro lado, o retalho não alimentar começa a denotar sinais de recuperação, apresentando uma variação positiva de 0,5% do volume de vendas. “Este ligeiro crescimento reflete uma maior confiança por parte dos consumidores mas traduz também o enorme esforço das empresas do sector, cujo foco sempre foram os consumidores e as famílias portuguesas. O retalho soube adaptar-se a uma crise de consumo sem precedentes apostando na inovação, no serviço e em produtos de qualidade, com a melhor proposta de valor”, afirma Ana Isabel Trigo Morais, directora geral da APED.

Neste contexto, a APED vê com muita preocupação alterações legislativas que afetam o consumidor, sobrecarregando-o com mais taxas e impostos, prejudicando, dessa forma, a economia e o sector. “Tomemos o caso do mercado de eletrónica de consumo que, apesar de registar um crescimento de 10%, face ao primeiro semestre de 2013, vê agora comprometida esta tendência com a aprovação da chamada Lei da Cópia Privada. Repare-se que quando comparado a 2010, os resultados nesta rubrica registam uma significativa redução de 30% do volume de vendas”, explica.

O mercado com maior quebra no retalho não alimentar foi fotografia, com uma descida de 17,6%. O mercado de equipamentos de telecomunicações foi o que mais cresceu com uma subida de 44% do volume de vendas.

A APED apresentou ainda a primeira edição do Flash Report – Retail, um estudo de base mensal que agrega os indicadores económicos mais relevantes para a atividade do comércio a retalho. O índice de volume de negócios no comércio a retalho registou uma variação homóloga de 1% em julho (-0,5% em junho).  A variação homóloga do IPC no mês de julho situou-se em -0,9%, 0,5 pontos percentuais (p.p.) inferior à observada no mês anterior e negativa pelo sexto mês consecutivo. O indicador de confiança dos consumidores aumentou em julho, prolongando o acentuado movimento ascendente observado desde o início de 2013 e registando o valor mais elevado desde janeiro de 2007. Em julho, o indicador calculado pelo Banco de Portugal relativo à evolução da atividade económica diminuiu face ao período homólogo, enquanto o indicador do consumo privado registou uma ligeira desaceleração do crescimento face ao mês anterior. “Os sinais de recuperação são muito ténues, corroborando a nossa posição de que qualquer medida do Governo com impacto potencial no consumo deve merecer muita ponderação e uma consistente avaliação dos respetivos impactos económicos. Este é um sector estratégico fundamental, que gera riqueza para o país e é um dos maiores empregadores a nível nacional”, defende Ana Isabel Trigo Morais.

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