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Retalho passa da guerra de preços para a guerra da inovação

As marcas de retalho estão a procurar novas formas de se conectar aos consumidores, através de experiências únicas e produtos personalizados. Assim, as marcas líderes identificaram novas formas de compra e de fidelização. Para trás ficam os anos de guerras de preços. A nova era é a da guerra da inovação.

Esta é uma das conclusões do estudo BrandZ Top 75, a lista das 75 marcas globais de retalho mais valiosas do mundo, compilada pela WPP e pela Kantar e que é liderada pela Amazon, McDonald’s e Alibaba. Estudo que mostra que as marcas de retalho estão a aumentar ainda mais o seu valor, a um ritmo que supera o dos outros sectores, apesar da mudança nos hábitos de consumo, nas prioridades dos consumidores e nas suas expectativas quanto à experiência de compra. 35% foi a taxa de crescimento registada pelas marcas de retalho, a mais elevada em 10 anos.

No seu conjunto, as 75 melhores marcas de retalho do mundo, originárias de países tão diversos como os Estados Unidos, a China ou o Chile, valem mais de mil milhões de dólares em termos de valor de marca. A lista é composta por quatro categorias, designadamente os Pure Retail, onde se incluem os supermercados, as plataformas de comércio eletrónico, as department stores e as lojas especializadas; as marcas de luxo, a moda e o fast food. Como explica David Roth, CEO da WPP The Store, EMEA e Ásia, “comprar não é já apenas adquirir coisas. A decisão de compra é motivada por uma procura de entretenimento, seja num espaço físico ou no mundo virtual. Pode se uma forma de passar tempo com pessoas com as quais se tem afinidade de ideias ou de estar num ambiente que reflita os valores de um indivíduo”.

A inovação no serviço, vinculando o online e o offline, está a ajudar as marcas de retalho a destacarem-se. Hoje em dia, ter uma experiência agradável é quase tão importante quanto o preço. Até porque, indica o estudo, “o bom negócio é hoje mais importante que o preço baixo” na hora de eleger uma marca de retalho.

Para além da Amazon, McDonald’s e Alibaba, o top 10 é composto pela Starbucks, The Home Depot, Louis Vuitton, Nike, Walmart, Hermés e Zara. Outros retalhistas que aparecem no ranking são a Costco (13.º), JD.com (15.º), Aldi (19.º), 7-Eleven (25.º), Tesco (26.º), Lidl (27.º), Target (30.º), Carrefour (34.º), Kroger (36.º), Whole Foods (41.º), Auchan (42.º), Marks & Spencer (56.º), Sainsbury’s (61.º) e Edeka (71.º).

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