Na Europa Ocidental, são esperados desafios económicos na maior parte dos mercados, em 2021, pelo que a IGD perspetiva que os retalhistas se foquem no aspeto do preço, para se manterem competitivos.
De acordo com a consultora, o sector do retalho alimentar crescerá, a nível mundial, 3,1%, no período de 2020 a 2022, gerando 440 mil milhões de dólares adicionais em vendas. Este valor é uma consequência de um crescimento excecional dos supermercados, no ano transato, nos 20 principais mercados mundiais, que incrementaram as suas vendas em 8,8%.
O desempenho do retalho alimentar foi impulsionado pela mudança nos gastos dos consumidores, que transferiram o seu consumo para dentro do lar, fruto do confinamento para conter a pandemia.
Índia com o maior crescimento
O estudo indica que, no período considerado, a Índia será o país com o maior crescimento (7,2%), mas os Estados Unidos da América continuarão a liderar as vendas a retalho, pelo menos, até 2022. Os crescimentos nas vendas a retalho neste mercado deverão ser impulsionados pelo e-commerce e pelos formatos de discount. mas a pandemia travou a perda gradual de quota de mercado dos supermercados e hipermercados, uma tendência que a IGD espera que se mantenha.
Espera-se, ainda, que a Europa de Leste cresça mais rapidamente que a Ocidental e que, na China, a evolução continue a ser ditada pela mudança acelerada para o online. “A tendência atual dos consumidores deslocarem-se para os canais de e-commerce acelerou e as plataformas sociais continuam a impulsionar o tráfego e as vendas online. Os consumidores exigem cada vez mais uma experiência ultra cómoda e adotarão amplamente os serviços omnicanal, como a entrega rápida ao domicílio, o scan de códigos QR e o auto pagamento”, diz a IGD. “
Europa
No Reino Unido, após uma mudança dramática no gasto dos consumidores, o crescimento das vendas do retalho alimentar irá moderar-se, à medida que o programa de vacinação contra a Covid-19 permita a reabertura do canal Horeca. Já o online está configurado para manter a sua elevada quota de mercado e as grandes compras semanais continuarão a ser populares.
A IGD destaca, ainda, o mercado espanhol, onde a distribuição alimentar verá as suas vendas caírem 0,3%, no período de 2020 a 2022, a mesma variação negativa apresentada por Itália. Ambos os países são os únicos do top 20 a registar esta tendência.