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Quem é o comprador ‘healthy’?

As marcas de alimentação e de grande consumo têm como novo objetivo o chamado comprador “healthy”. O in-Store Media reuniu recentemente, em Madrid, os profissionais do sector e a agência  Salvetti Llombart para debater como as marcas se devem adaptar a este movimento, que se expressa tanto ao nível do consumo como da própria legislação. 

Segundo Jordi Mur, diretor de marketing do in-Store Media Group, quatro em cada 10 responsáveis de compras declaram ter mudado os seus hábitos de consumo no último ano. “As marcas devem acompanhar esta mudança com novos produtos, em vez da reformulação dos existentes“, defende. 

A omnicanalidade é um dos desafios para os retalhistas e marcas e intensifica-se no que às categorias designadas de saudáveis diz respeito. O próprio conceito de saudável evoluiu, passando dos produtos light, sem sal ou açúcar para os de quilómetro zero, ganhando crescente relevância os fatores relacionados com o meio ambiente. Esta é uma tendência que não afeta apenas o sector da alimentação, mas também outras categorias como a higiene do lar, onde se procuram produtos que respeitem o meio ambiente. 

Em Espanha, oito em cada 10 compradores opta pelas lojas físicas para fazer as suas compras de grande consumo. Por isso, as marcas seguem uma estratégia de mensagem direta, explicando claramente os benefícios dos seus produtos, e uma comunicação que procura influenciar as decisões no preciso momento da compra. 

Contudo, o shopper move-se cada vez mais e compra de modo diversificado. Borja Martín, diretor geral da Salvetti Llombart, precisa que, nos últimos dois anos, duplicou a percentagem de compradores que visitam três ou mais supermercados para fazer as suas compras. “As lojas de bairro representam 32% das compras em termos de proposta de valor baseada no conceito de saudável. Anteriormente, tinha-se o fator preço muito em conta no momento da compra. Agora, a comodidade e a experiência de compra estão a ganhar terreno“. 

De acordo com os dados da Salvetti Llombart, o shopper começa a “comprar” responsabilidade social e sustentabilidade. 82% utilizam menos sacos de plástico e tenta reciclar mais e 80% considera que um produto é inovador se for mais sustentável no seu fabrico e embalagem. 70% confirma que comer de forma saudável é importante e 35% já mudou os seus hábitos de compra devido a questões relacionadas com saúde.

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