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Preços dos bens de grande consumo evoluem ao ritmo mais lento dos últimos de 6 anos

Os preços dos bens de grande consumo, nomeadamente nos sectores da alimentação, bebidas e produtos de higiene pessoal, cresceram na Europa ao ritmo mais lento dos últimos seis anos, segundo o relatório Growth Reporter referente ao primeiro trimestre, desenvolvido pela Nielsen.  

A Europa apresentou um crescimento de preços de 0,7% nos bens de grande consumo, o menor aumento desde o primeiro trimestre de 2010 (0,5%). Por outro lado, as vendas em volume têm aumentado cerca de 0,8% face ao ano passado, aumento que se verifica pelo oitavo trimestre consecutivo. No total, os retalhistas assistiram a um aumento de vendas em valor de 1,5%, o valor mais baixo dos últimos três ano.

Esta tendência de menor crescimento dos preços manifesta-se com especial relevância no mercado de grande consumo em Portugal, uma vez que existe mesmo deflação desde o início de 2014. No primeiro trimestre, assistiu-se a uma deflação histórica face aos últimos nove trimestres (-1,8%). O crescimento significativo nos volumes de 3,6% foi, assim, impactado pela descida de preços, resultando num aumento inferior em faturação (1,8%). Ainda assim, esse aumento de vendas é superior ao da Europa.

A contribuir para este resultado em Portugal estão as bebidas alcoólicas, que cresceram 6% no período analisado (essa categoria já crescia 5% em 2015). Já os lacticínios continuam a ser a única área com perdas de vendas (-2%), ainda que inferiores a 2015 (-3%). No geral, as categorias de higiene cresceram mais do que a área alimentar.

Com uma atividade promocional cada vez mais intensa, 44% das vendas no primeiro trimestre, mais seis pontos face ao período homólogo, foram feitas em promoção. Os bens de grande consumo continuam, assim, a crescer via marcas de fabricante (4,4%) já que as marcas da distribuição mantêm perdas (-2,8%).

Entre os 21 países europeus analisados pela Nielsen, a Turquia apresentou o maior crescimento de faturação (9,7%), seguida da Polónia (4,8%) e Hungria (4,6%). Por outro lado, os maiores declínios deram-se na Grécia (6,1%) e Finlândia (-2,8%). “A Europa apresentou este trimestre significativas quebras de preços essencialmente em dois dos cinco grandes mercados – Alemanha e Itália”, refere Jean-Jacques Vandenheede, diretor europeu de retail insights da Nielsen. “Os preços mais baixos estão a ser impulsionados pela feroz concorrência entre os retalhistas e a queda dos custos de produção, resultantes dos custos com a energia mais baixos”.

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