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68% dos portugueses acredita que a educação das crianças sobre a inclusão deve começar em casa

ConsumerChoice inclusão

No âmbito do Mês Europeu da Diversidade, celebrado em maio, a ConsumerChoice desenvolveu um estudo para avaliar a perceção dos cidadãos portugueses quanto à inclusão de pessoas com deficiência físico-motora nos ambientes de trabalho e na sociedade em geral. Apesar dos avanços verificados em comparação com décadas anteriores, 70% dos inquiridos acredita que Portugal ainda não alcançou um nível satisfatório de inclusão para os cidadãos com restrições físicas.

No que diz respeito aos ambientes de trabalho, 62% reconhece que raramente se depara com indivíduos com este tipo de limitações em contextos laborais. Cerca de 40% dos inquiridos revela ainda que, no contexto português, a inserção laboral de pessoas com deficiências físico-motoras é uma tarefa desafiadora. Adicionalmente, grande parte dos participantes (70%) alude para uma falta de abertura por parte das empresas para disponibilizarem o material adaptado necessário para pessoas com deficiências, destacando o custo como um dos principais motivos.

Quem vive com algum tipo de incapacidade enfrenta vários desafios diariamente, o que torna a temática da inclusão ainda mais relevante para a nossa sociedade atualmente. Neste estudo, 68% dos entrevistados considera que a responsabilidade de sensibilizar as crianças ao tema da inclusão deve iniciar-se em casa, com as famílias. Começar a sensibilização e a educação sobre este tema desde a infância pode levar mesmo a uma mudança de atitudes e comportamentos. De realçar que os países escandinavos e nórdicos são identificados como líderes no caminho da inclusão, apesar de não apresentarem nenhum tipo de evidências concretas esta é perceção dos participantes”, declara Cristiana Faria, diretora de Marketing da ConsumerChoice.

Quando questionados sobre os incentivos disponibilizados às empresas para a contratação de colaboradores com deficiências físico-motoras, 50% considera que estes são insuficientes e subutilizados, com lacunas tanto na quantidade como na sua divulgação. 30% dos entrevistados realça também o desinteresse das empresas em recorrer aos incentivos disponíveis, sendo que para 15% o principal obstáculo consiste na falta de sensibilidade e mentalidade das entidades portuguesas.

Outro tema abordado também no estudo foi o sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiências físico-motoras em Portugal. Enquanto 55% dos entrevistados declara não ter uma opinião formada sobre o assunto, 25% apoia a implementação das quotas nas organizações como forma de promover a inclusão e garantir a igualdade de oportunidades para todos. Por outro lado, cerca de 20% dos questionados opõe-se ao sistema de quotas de emprego, pois considera que estas podem ser injustas, havendo potencial para irregularidades.

 

Educação sobre a inclusão

Relativamente à sensibilização e educação sobre a inclusão, há uma expectativa dos inquiridos (100%) que o Estado e as empresas desempenhem um papel ativo na promoção da inclusão, através de workshops nas escolas e locais de trabalho (60%), campanhas de sensibilização e publicidade (45%), ações práticas para garantir a acessibilidade e oportunidades iguais (30%), benefícios fiscais para as empresas que contratam pessoas com deficiência (20%) e a integração de pessoas com incapacidades em atividades sociais e educativas (15%).

Muitas respostas mencionam também a importância de partilhar experiências pessoais de indivíduos com deficiências e criar empatia através de simulações ou atividades que permitem às pessoas entenderem as dificuldades que enfrentam. No entanto, mais do que garantir a acessibilidade física e promover ações de sensibilização, a inclusão requer uma abordagem mais abrangente, que envolva mudanças estruturais, legais e culturais na sociedade para a construção de uma sociedade justa, inclusiva e solidária, onde todos têm a oportunidade de prosperar.

É neste contexto que a ConsumerChoice decidiu lançar, no ano passado, os Happy Awards. Um sistema de qualificação das empresas no que diz respeito ao nível da felicidade, incorpora uma avaliação 360 graus, através da auscultação de todos os “stakeholders”, ou seja, colaboradores, clientes e fornecedores.

 

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