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Portugal cresce duas vezes mais em valor e cinco vezes mais em volume do que a média da Europa Ocidental

Bens de grande consumo a apresentam maior crescimento do último ano

Foto Shutterstock

Os portugueses encontram-se a gastar mais e a comprar produtos mais caros, verificando-se no mercado português, tal como no trimestre anterior, um equilíbrio quase perfeito entre o crescimento em volume e valor nos bens de grande consumo.

De acordo com a Nielsen, esta tendência de crescimento no consumo evidencia uma melhoria da situação pessoal e financeira entre os consumidores.

O crescimento em valor verificado neste trimestre – 4,2% – pode ser em parte explicado por um efeito de calendário, uma vez que o período homólogo não incluiu as semanas prévias à Páscoa, o que aconteceu este ano. É, contudo, inquestionável que o consumo em Portugal se encontra numa situação positiva, com os bens de grande consumo a apresentarem neste trimestre o maior crescimento do último ano.

Volume e valor impulsionam crescimento do consumo em Portugal

Neste trimestre, os consumidores gastaram mais 2,2% pelos produtos adquiridos (efeito-preço), enquanto os volumes aumentaram também 2%, totalizando um crescimento em valor de 4,2% sobre o período homólogo.

Portugal destaca-se relativamente à média europeia, fazendo parte do top 10 (6.º lugar) dos países nos quais o consumo mais cresce: 4,2% em Portugal face a uma média europeia de 3,4%.

Quando comparado com uma realidade ainda mais próxima, a média dos 15 países que constituem a Europa Ocidental, verifica-se que, em Portugal, os bens de grande consumo cresceram o dobro em valor (4,2% versus 2,1%) e quatro vezes mais em volume (2% versus 0,5%).

No que diz respeito à performance por categorias, são as bebidas que apresentam o maior dinamismo do trimestre, com crescimentos de 10% nas não alcoólicas e 8% nas alcoólicas. Também os congelados (+7%) e a higiene pessoal (+5%) crescem acima da média dos bens de grande consumo. A higiene do lar apresenta uma variação de 4% e a mercearia cresce 3%. Os lacticínios mantêm-se estáveis relativamente ao ano anterior.

Confiança dos portugueses regista máximos históricos

Portugal regista um índice de confiança de 94 pontos, um aumento de nove pontos face ao período homólogo e um dos valores mais altos de sempre. Invertendo o seu histórico pessimismo, os portugueses revelam agora um nível de otimismo superior ao registado na média europeia (87 pontos), ultrapassando países como Espanha (90), França (81) e Itália (69).

A saúde e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional assumem carácter prioritário entre os consumidores. Estas duas preocupações são ambas apontadas por 27%, deixando a quase dez pontos percentuais a preocupação com a sua situação profissional (18%).

Após pagarem as suas despesas habituais, são cada vez menos os portugueses que dizem que não lhes sobra dinheiro (apesar de ainda representarem um sexto da população). Do dinheiro que lhes resta, são cada vez mais aqueles que gastam em entretenimento fora de casa, férias ou viagens e na compra de roupa. No entanto, os portugueses voltam a apontar a poupança como principal prioridade (51%).

Como será o resto do ano?

O aumento do nível de confiança dos consumidores portugueses e a sua atenção para o bem-estar, a saúde e o lazer são sinais de uma mudança que já aconteceu. Os portugueses estão mais positivos, têm mais dinheiro disponível e querem gastá-lo em algo que lhes traga algum tipo de benefício. Após um período de alguma estabilização em volumes e crescimento em valor, assistimos agora a crescimentos em ambas as partes: neste trimestre, os consumidores compraram mais e também gastaram mais. Para o resto do ano, identificamos oportunidades de crescimento nas categorias de valor acrescentado, que trarão certamente mais espaço para crescimentos em valor”, comenta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen Portugal.

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