A Procter & Gamble (P&G) espera assumir, nos seus resultados anuais, um impacto negativo de 2.317 milhões de euros, devido à subida dos custos das matérias-primas, aumentando, assim, em 185 milhões de euros a sua previsão de há três meses.
Da mesma forma, a multinacional reviu em alta o impacto adverso esperado dos custos mais elevados de frete das mercadorias, até 371 milhões de euros, em comparação com os 278 milhões de euros que previa anteriormente, enquanto espera agora um impacto negativo de 276,54 milhões de euros da taxa de câmbio.
Vendas
Entre janeiro e março, a P&G registou um lucro líquido de 3.110 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 3% face ao resultado do mesmo período de 2021. As vendas líquidas totalizaram 17.964 mil milhões de euros, num aumento de 7% face ao mesmo trimestre do ano passado. Por outro lado, as vendas orgânicas, que excluem o impacto da taxa de câmbio e aquisições e desinvestimentos, aumentaram 10%, incluindo um aumento de 3% nos volumes e 5% nos preços.
Concretamente, as vendas no segmento de beleza cresceram 2%, para os 3.141 milhões de euros, enquanto na área de higiene pessoal aumentaram 3%, para os 1.373 milhões de euros, e 13% no segmento dos cuidados de saúde, para os 2.467 milhões de euros. Por sua vez, as vendas da divisão de lar e limpeza cresceram 7% em termos homólogos, para os 6.209 milhões de euros, e as de produtos como papel higiénico, fraldas e higiene feminina cresceram 7%, para 4.574 milhões de euros.
Perspetivas
“Estes resultados permitem-nos elevar as nossas perspetivas de crescimento para o exercício e manter os nossos ganhos por ação“, afirma Jon Moeller, presidente e CEO da P&G.
Deste modo, a empresa elevou a sua perspetiva para o crescimento total das vendas em 2022, de um intervalo de 3% a 4% para 4% a 5%, em relação ao ano fiscal anterior, ao mesmo tempo que elevou a sua orientação de crescimento das vendas orgânicas, para um intervalo de 6% a 7%, em comparação com os anteriores 4% a 5%. A multinacional também confirmou a sua perspetiva de crescimento para resultados líquidos diluídos por ação, em 2022, num intervalo de 6% a 9.
