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Páscoa não puxa pela economia

Foto Shutterstock

A economia portuguesa abrandou no início de abril, período que coincidiu com medidas de restrição para travar os convívios na Páscoa e a disseminação da Covid-19.

Os dados do Banco de Portugal mostram que na semana terminada a 4 de abril, o indicador diário de atividade económica apresentou uma variação homóloga inferior à da semana anterior.

Não obstante, essa evolução uma melhoria da economia face ao mesmo período do ano passado, ressalvando-se, contudo, que, na altura, estava-se ainda em confinamento. O Banco de Portugal sinaliza que a “evolução recente do indicador diário de atividade económica encontra-se fortemente influenciada por efeitos base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afeta de forma significativa a evolução homóloga da atividade em 2021”.

 

Recuo

Para mitigar este efeito que dificulta a comparação, o Bando de Portugal recorreu a uma taxa bienal, por forma a obter a variação da atividade entre um determinado dia num ano face ao mesmo dia dois anos antes. Desse modo, conclui-se que a economia recuou face ao mesmo período há dois anos, antes da pandemia.

O indicador diário de atividade económica tem sido publicado todas as quintas-feiras para permitir avaliar a evolução da economia com mais frequência. Tem em conta várias dimensões da atividade económica, nomeadamente o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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