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Pandemia abala expectativas dos portugueses no mercado de trabalho

Foto Shutterstock

O segundo trimestre de 2020, marcado pelo início da pandemia de Covid-19, fez cair a confiança dos profissionais portugueses no mercado de trabalho, de acordo com um estudo da Michael Page.

A incerteza que paira no panorama laboral abalou as expectativas no mercado laboral entre abril e junho, que ficou marcado por um decréscimo face ao mesmo período do ano anterior, registando-se um índice de confiança de 44% em Portugal, valor inferior à média europeia (47%).

Ainda assim, o valor registado em Portugal é superior a países como Espanha ou Itália, cujo índice de confiança se situa nos 39% e 40%, respetivamente.

No segundo trimestre, o Luxemburgo lidera o índice de confiança, com o valor de 58%, seguido pela Alemanha, com 56%.

 

Futuro do mercado de trabalho

Relativamente ao futuro do mercado de trabalho e à evolução económica, a situação também não é favorável, de acordo com a perceção dos portugueses. Os valores apresentam um decréscimo de 42,6% e 41,6%, respetivamente, face ao mesmo período do ano anterior.

Contudo, no que diz respeito a novos desafios profissionais, a maioria (55,8%) acredita que poderá conseguir emprego em menos de três meses, valor que se situa acima da média europeia, fixada nos 49,8%.

Em linha com estes valores, quando inquiridos sobre há quanto tempo procuram trabalho, 39,2% dos portugueses indicaram menos de um mês e 36,1% entre um a três meses a um mês. Quando analisados os sectores que os candidatos estão a priorizar na procura de emprego, oportunidades no sector da indústria, finanças e negócio são as mais requisitadas, observando-se ainda dinamismo nas áreas da tecnologia e saúde.

Em relação ao que motiva os portugueses a mudarem de trabalho, o desenvolvimento de novas competências continua a liderar as motivações que, com 48,1 valores percentuais, está acima da média europeia fixada em 44,2%. Motivos como a procura por um melhor salário, melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional e falta de perspetivas de crescimento profissional também são apontados para mudar de trabalho.

Mesmo tendo em conta as baixas expectativas, um dos temas em que os portugueses mostraram mais confiança prende-se com as perspetivas profissionais para os próximos 12 meses, em vários aspetos – ao nível de desenvolvimento de competências, progressão de carreira, desempenho de funções, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e retribuição salarial -, registando-se valores que se situam acima da média europeia – com uma variação de 2% a 4% -, salvo na progressão de carreira, cujo valor para Portugal é ligeiramente inferior à média dos restantes países.

De assinalar ainda que a maioria dos portugueses inquiridos pela Michael Page encontram-se numa situação de desemprego (47,6%), uma percentagem mais elevada que países como Itália (38,2%), Suécia (44%), Turquia (46,4%) ou Bélgica (46,5%).

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