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Os acontecimentos que marcaram o retalho em 2016

Se no âmbito da política o ano de 2016 fica marcado pela eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos da América e ainda pelo Brexit, no que diz respeito ao retalho, foram várias as alterações que vieram mudar o panorama mundial. Inevitavelmente, o avanço da tecnologia está a fazer com que os retalhistas se adaptem de forma cada vez mais rápida para responder às novas exigências e necessidades do consumidor.  Eis os acontecimentos que marcaram o retalho em 2016, segundo a análise do Planet Retail. 

Agosto – Walmart aquire a Jet.com
O foco da Walmart em reforçar as suas capacidades digitais intensificou-se em 2016. Se o ano começou com o anúncio do fecho de mais de 200 lojas por todo o mundo e do abrandamento do seu processo de expansão, Doug McMillon, CEO da gigante do retalho norte-americana, apressou-se a explicar que a empresa iria adotar de futuro uma posição mais direcionada para o e-commerce.  Em agosto chegou, então, o anúncio da aquisição, por mais de três mil milhões de dólares, do operador de e-ommerce Jet.com. Este acordo representa uma tentativa por parte do maior retalhista mundial em ganhar terreno à Amazon e redefinir as suas ambições digitais. O fundador da Jet.com, Marc Lore, é agora o responsável global pelo desenvolvimento online da Walmart.

Para este ano de 2017, as previsões são de que exista um novo abrandamento, e até encerramento, no que respeita às lojas físicas. Existe ainda a possibilidade de novas aquisições digitais em mercados emergentes, como é o caso da Índia.

Fevereiro – Parceria surpresa entre Amazon e Morrison’s
No mês de fevereiro, a quarta maior rede de supermercados britânica, Morrison’s, estabeleceu um acordo com a Amazon que foi evoluindo no decorrer do ano. Este acordo fez com que uma série de produtos, incluindo frescos e congelados, de marca própria da Morrison’s ficassem disponíveis para os membros Amazon Prime e Amazon Pantry. O acordo foi evoluindo e, a partir do mês de setembro, começou também a ser possível encontrar produtos de mobiliário da Amazon nas lojas Morrison’s.

Para 201,  prevê-se que a Amazon estabeleça diversas parcerias com especialistas  locais, especialmente em novos mercados, como Índia e Austrália.

Julho – Ahold e Delhaize finalizam fusão
A meio do ano de 2016 a Ahold e a Delhaize deram por completo o seu processo de fusão , que combinou não só os “players” dominantes no Benelux como também dois do Top 10 de supermercados dos Estados Unidos da América. Imediatamente após a fusão ser concluída, a Ahold Delhaize apressou-se em trazer de volta à mesa de negociações uma série de fornecedores, em busca de melhores condições. 

Para o ano de 2017, prevê-se a consolidação do negócio a nível mundial, em todos os canais em que operam. Espera-se também que os operadores mais pequenos sejam forçados a fundir-se e retaliar, de forma a ganhar escala e não perder força no mercado.

Abril – Alibaba reforça presença
A Alibaba adquiriu no mês de abril uma participação de controlo forte na companhia de e-commerce Lazada, que opera em mercados como a Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname. Com ambições de crescimento elevadas, uma vez que quer chegar aos dois mil milhões de clientes até 2036, será normal observarem-se este tipo de apostas em novos mercados.

A Lazada deverá, especialmente, ajudar a implementar também no sudoeste asiático o fenómeno Singles Day, que no ano passado rendeu cerca de 18 mil milhões de dólares à Alibaba.

Outubro – Lidl experimenta venda online de frescos
O discounter alemão Lidl iniciou em outubro a expansão da sua oferta online, incluindo já produtos frescos e congelados na Alemanha e também produtos não alimentares e vinho em diversos mercados europeus. Estes desenvolvimentos acontecem numa altura em que as previsões dão conta de que o canal online vai continuar a superar as lojas discount em termos de vendas e de crescimento nos próximos cinco anos. Os discounters procuram, assim, melhorar cada vez mais os seus serviços ao nível digital, mudanças que se poderão revelar significativas no futuro.

Em 2017, espera-se que discounters como Lidl e também Aldi melhorem o seu e-commerce e se tornem ainda mais apelativos para os consumidores.

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