O canal online atingirá mais de metade das vendas de moda na Europa, em 2028, segundo dados do Credit Suisse. Especificamente, o e-commerce contribuirá com 52% das vendas, o que compara com os 22% em 2018. Para 2023, o Credit Suisse estima 38%.
O aumento será motivado por dois fatores. Em primeiro lugar, devido à maior penetração online dos retalhistas tradicionais, que nessa altura gerarão 40% das suas vendas através da Internet. Atualmente, o peso ronda os 30%.
Em alguns casos, como marcas de sportswear e department stores, o e-commerce irá contribuir com 50% das vendas em 2028. Apenas os operadores de discount ficarão mais aquém, com apenas 10% de peso do online.
O outro fator que vai motivar o novo salto do canal online é o aumento da quota de operadores multimarca puros, que representarão 18% do total do mercado de moda, em 2028, contra os 5% de 2018 e os 9% esperados para 2023.
Distribuição multimarca
Face ao avanço deste tipo de operadores, a distribuição da moda será também mais multimarca, que representará 35% das vendas de moda dentro de seis anos, o que representa um salto de cinco pontos em relação às previsões para 2023.
Os grandes perdedores, neste novo cenário, serão os operadores de “high street”, que em 2018 representavam 38% do mercado na Europa e em 2023 terão apenas 28%. Em 2028, não concentrarão mais que 19% das vendas.
Os discounters também perderão fôlego, embora de uma forma muito mais moderada, passando de 18%, em 2023, para 16%, em 2028.
Já os grandes armazéns continuarão a perder relevância e contribuirão apenas 4% do volume de negócios total da moda, em 2028, contra 13% em 2018.
No reverso da medalha estão as cadeias desportivas multimarca, que vão aumentar o seu peso de 9%, em 2018, para 13%, em 2028, e a multimarca online, que vai acelerar o seu crescimento nos próximos anos, atingindo 18% de quota (contra 5% em 2018 e 9% em 2023).
