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O mito das diferenças geracionais no local de trabalho

A Ricoh conduziu um estudo sobre as diferentes perspetivas geracionais face à vida profissional e ao trabalho conjunto, intitulado Workforce United.

O estudo teve por base um inquérito a cerca de 5000 trabalhadores de várias idades e sectores, oriundos de 24 países da região EMEA, dos quais 150 portugueses. No Workforce United pretendeu-se identificar as diferenças e semelhanças entre as diversas gerações que operam no atual mercado de trabalho, tendo-se concluído que as diferenças geracionais são praticamente um mito. Todos os participantes foram de opinião que a sustentabilidade deveria ser o foco das empresas, bem como a adoção da melhor tecnologia enquanto ferramenta de sucesso para o seu trabalho.

O “Workforce United” reflete uma altura em que os locais de trabalho apresentam a maior disparidade etária da história, visto ser a primeira vez que quatro gerações convivem: a Geração do Baby Boom (1946-1964), a Geração X (1965-1980), a Geração Y (1981-1995) e a Geração Z (desde 1996 até hoje).

Atualmente, segundo o estudo, a força laboral está cada vez mais unida, partilhando das mesmas ideologias no que toca ao futuro das empresas. Contra qualquer pressuposto, a chegada da Geração Z ao mercado profissional resultou num fator de união para os restantes trabalhadores. Cerca de 65% de todas as gerações acreditam nos valores e ideais da sua empresa e perto de 63% defendem que os modelos de negócio irão sofrer alterações drásticas nos próximos cinco a dez anos.

Empresas mais responsáveis e sustentáveis

Por outro lado, todas as gerações demonstraram a mesma motivação em contribuir mais para o seu trabalho, correspondendo a 72% dos inquiridos. Do mesmo modo, todos foram de opinião que uma liderança orientada para a resolução de problemas (44%) e com mentalidade visionária (39%) é crucial para o sucesso. Mas, acima de tudo, 64% manifestaram que as empresas devem ser mais responsáveis e que a sustentabilidade será o foco das estratégias de negócio e produtos.

Ramón Martín, CEO da Ricoh Portugal e Espanha, afirma: “os profissionais de todas as idades estão a unir-se numa demanda coletiva para incorporar práticas de trabalho mais sustentáveis e responsáveis. Isto implica operar em harmonia com o meio envolvente, demonstrando respeito por todos os colaboradores e por todos os contextos sociais que integram a empresa. Na Ricoh, estamos a trabalhar nesse sentido. Por isso, comprometemo-nos firmemente com 10* dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, incluindo o compromisso de reduzir a zero as nossas emissões de CO2 até 2050. Enquanto diretores empresariais, temos o dever de escutar os nossos colaboradores e de os ouvir em alto e bom som quando procuramos uma perspetiva mais alargada”.

Cultura de colaboração e inovação tecnológica

Ainda que as formas de trabalhar estejam em constante mudança, podemos afirmar que hoje as quatro gerações têm mais pontos em comum entre si do que antes. Por exemplo, a importância de uma cultura de colaboração é transversal a todas as faixas etárias, ainda que para a Geração Z esta não tenha a mesma relevância que para as restantes. No entanto, todas valorizam práticas como flexibilidade horária e o trabalho remoto. Do mesmo modo, a grande maioria dos inquiridos manifestou que preferia trabalhar dentro de uma pequena equipa, com apenas 14% a indicarem que o preferiam fazer de forma independente.

Os entrevistados acreditam, de igual modo, que o papel de uma entidade responsável deveria incluir a melhoria das qualificações digitais dos seus colaboradores e a inovação nos respetivos sectores. De acordo com os mesmos, as novas tecnologias são vitais para impulsionar a mudança, com cerca de 51% a defenderem que a tecnologia os ajuda a dar o melhor de si profissionalmente. Neste sentido, 65% dos inquiridos acreditam que as melhores empresas para trabalhar são aquelas que investem em tecnologias digitais para melhorar as competências dos seus colaboradores.

Aprofundando este tema, é importante destacar a predisposição de todos os entrevistados ao longo das quatro gerações em aceitar as novas tecnologias. Perto de 73% de todos os participantes afirmaram confiar na sua capacidade de adaptação às novas tecnologias, com 70% a indicar que esperam melhorar as mesmas ao longo da sua carreia.

Igualmente relevante foi o facto de 53% dos inquiridos apontarem a falta de inovação como a sua maior desmotivação, seguido da mudança lenta (49%). Por conseguinte, as formações que contribuam para os ajudar a tirar o maior partido da tecnologia e, consequentemente, um maior rendimento, foram apontadas como sendo de extrema importância para a sua carreira profissional.

Ao serem inquiridos sobre as tecnologias do futuro, como a Inteligência Artificial, Automação e Robótica, os colaboradores responderam de forma positiva, com 44% a afirmarem que estas irão ajudá-los, principalmente, na execução das suas funções. Para 39%, será a Inteligência Artificial a alcançar este objetivo.

Ramón Martín acrescenta: “a tecnologia é essencial para o crescimento dos colaboradores e, por isso, devemos investir na aquisição das melhores ferramentas, adaptadas à nova era de comunicação e colaboração em que vivemos. Com este estudo comprovámos que esta se trata de uma preocupação transversal a todas as gerações atualmente presentes no mundo profissional, pelo que deveremos encará-la como algo mais que necessário, e adequar a informação à necessidade de cada uma destas gerações”.

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