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O futuro da logística está no campo tecnológico

A Indústria 4.0 representa a entrada definitiva e indeclinável das tecnologias de informação no chão de fábrica, o que trará consigo implicações a todos os níveis do sistema de produção. Esta quarta revolução industrial irá transformará os mercados mediante a combinação de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), a impressão em 3D e o Big Data. Inovações que poderão também configurar o futuro da logística. Para os fornecedores de serviços e fabricantes de soluções logísticas, o futuro da logística está no campo tecnológico, com o desenvolvimento dos seus produtos e soluções fortemente focados em áreas como a automação e digitalização.

Hoje em dia, é um ato perfeitamente banal aceder ao mundo com um simples toque num ecrã. No futuro, será normal comandar uma linha de produção através de sistemas digitais. Dados partilhados em tempo real e em rede entre máquinas, drones e sistemas logísticos vão permitir adaptar a produção a diferentes cenários, antever falhas e modificar produtos e processos. Estas tecnologias digitais permitem que equipamentos e sistemas trabalhem em conjunto, e, por sua vez, em consonância com um operador.

Esta dependência das tecnologias modernas é uma variação drástica para uma indústria que se alicerçou no esforço humano, cada vez mais aligeirado por desenvolvimentos, mas que sempre vem contando com operadores no local. Contudo, é encarada com otimismo pelo sector. “Sem dúvida que a automatização é uma das tendências do sector de equipamentos de movimentação de carga. Trata-se de desenvolver equipamentos que garantam processos de transporte eficientes e seguros e que permitam uma utilização otimizada de recursos. A Jungheinrich desenvolveu recentemente, por exemplo, equipamentos de transporte sem condutor, como o EKS 215a, em que a navegação ocorre através de controlo por laser. Trata-se de uma máquina muito segura equipada com scanners de proteção de pessoas na direção de tração e de carga, que detetam obstáculos e param o equipamento, sensores laterais e botões de paragem de emergência. Temos o exemplo do easyPilot, com controlo remoto, que auxilia o processamento manual de pedidos com ‘order pickers’ horizontais ECE 225. Através de um simples toque no controlo remoto, o ECE move-se automaticamente até à distância predeterminada. O operador fica com as mãos livres, aumentando a produtividade do processo de preparação de encomendas”, explica Mark Wender, managing director da Jungheinrich Portugal.

No caminho para uma logística plenamente adaptada à Indústria 4.0, já se tem assistido à introdução de tecnologias que permitem que equipamentos e sistemas trabalhem em conjunto, mas também no que diz respeito à sustentabilidade. Nomeadamente, “novas soluções digitais incluem a localização Indoor, que foi nomeada como uma solução inovadora para os prémios IFOY Award 2017. Além disso, como é habitual, o nosso foco centraliza-se na eficiência energética. Aqui, a Jungheinrich vai ao encontro das necessidades dos clientes com tecnologias 2 Shifts-1 Charge em que uma bateria trabalha ao longo de dois turnos sem carga adicional ou a tecnologia de iões de lítio”, afirma o responsável. “As baterias de iões são já uma realidade. Isto porque, em alternativa às baterias convencionais de chumbo-ácido, permitem obter benefícios económicos e ecológicos, com tempos de carregamento rápidos, sem necessidade de manutenção e com uma longa vida útil. Possibilitam uma utilização contínua da frota até 24 horas e sete dias por semana, sem mudança da bateria”, acrescenta Mark Wender.

Segurança
Assim, e até se utilizarem sistemas digitais integrados com transporte executados com um mínimo de intervenção do operador, o fator humano e a sua segurança ainda é um dos pontos mais importantes para as empresas que se especializam no transporte e movimentação de cargas dentro do armazém. “Na indústria e logística, as colisões entre veículos industriais e peões estão entre as principais causas de acidentes graves. Nesse sentido, é preciso garantir a aquisição de máquinas seguras, dar formação aos condutores, conceber de forma correta os locais de trabalho e verificar periodicamente os elementos do empilhador”, diz o managing director da Jungheinrich Portugal.

Acima de tudo, o objetivo é a proteção das pessoas, do equipamento e do armazém, bem como a manutenção da produtividade durante o funcionamento. Para isso, as principais marcas do mercado disponibilizam uma vasta oferta de diferentes sistemas de segurança adaptados a equipamentos que ajudam na prevenção deste tipo de acidentes: câmaras de bordo inteligentes que ajudam a prevenir colisões entre empilhadores e pessoas, ao detetar qualquer obstáculo e reconhecer se é um peão, pela análise da sua forma; coberturas magnéticas (DAGS no caso da Jungheinrich) para os garfos que asseguram que cargas transportadas em paletes e contentores plásticos ou metálicos fiquem estáveis nos garfos dos empilhadores; soluções digitais, tais como a localização Indoor, por exemplo, que marcam as áreas do armazém particularmente mais propensas a acidentes, através de tecnologia de sensores, e avisam o condutor no seu smartphone para reduzir a velocidade, entre outras. Tecnologia ao serviço da ação humana, de modo a potenciar o seu esforço e a maximizar o seu tempo laboral.

Este artigo foi publicado na edição 44 da Grande Consumo.

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