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O desafio da rentabilidade do e-commerce no sector alimentar

Foto Shutterstock

Os custos são muito mais elevados para os retalhistas quando são eles próprios que têm de fazer o picking e a entrega das encomendas online de bens alimentares, destaca a dunnhumby.

A consultora indica que não importa quão eficiente possa ser a operação, os retalhistas estão a assumir gratuitamente um gesto que era feito pelos clientes, “o que leva à erosão e, inclusivamente, ao colapso total da margem operacional”.

Incidindo a sua análise no mercado espanhol, a dunnhumby sublinha que o e-commerce disparou, em 2020, e que o seu constante crescimento levou a que tenha atingido uma quota anual recorde de 3,6%, com um incremento gastos de quase 60% face a 2019.

Não obstante, a dunnhumby deixa um alerta. “O consumidor que quer encontrar produtos de alimentação online é exatamente o mesmo que compra nas lojas. Centrar-se apenas nos méritos do canal online coloca em perigo esta perspetiva geral. É por isso que se os retalhistas não satisfazerem as necessidades dos clientes com uma oferta de comércio eletrónico sólida, eventualmente os perderão para sempre. Pelo contrário, aqueles que ponham o foco em ambos os canais terão muitas mais possibilidades de obter um gasto geral incremental por parte do mesmo cliente”, defende Sebastian Duque, responsável para o sul da Europa.

 

Aumentar a base de clientes

Neste contexto, aqueles que ganhem no e-commerce aumentarão a sua base de clientes e a sua quota de mercado, mas continuarão a enfrentar o desafio da rentabilidade. “Não devemos medir a rentabilidade unicamente nas transações”, reforça Sebastian Duque. “Nesse sentido, devemos abordar o e-commerce como um investimento para o futuro que possa aportar benefícios incríveis para os retalhistas, que deveriam começar por dar pequenos passos e considerar opções como o click and collect, contudo ainda não de todo desenvolvidas em Espanha e que oferecem, não obstante, um enorme potencial no nosso país, dada a grande capilaridade do ecossistema retalhista”.

 

Aumentar a rentabilidade

A dunnhumby realça que, além desta visão estratégica, os retalhistas devem pensar mais além da eficiência operacional e das receitas obtidas pela venda de bens alimentares, para buscar inspiração nos gigantes tecnológicos sobre como desbloquear novas fontes de receitas, principalmente através da publicidade.

O Alibaba é apontado como um claro exemplo desta tendência. Num mercado, como o asiático, onde o investimento publicitário digital representa já mais de 75% do total, não é uma rede social nem um motor de busca que mais receitas obtêm com a publicidade digital, mas sim um retalhista, ao conseguir reunir nas suas plataformas de e-commerce tudo aquilo que os anunciantes valorizam: grande alcance de clientes interessados nos seus produtos, dados detalhados sobre o comportamento de compra de cada cliente para uma adaptação eficaz dos anúncios e medição clara e diretamente relacionada com as vendas.

Para a dunnhumby, os retalhistas deveriam considerar que as suas plataformas são realmente atrativas para os anunciantes, que necessitam de chegar a audiências relevantes no ponto de compra. Seja através da listagem de pesquisas patrocinadas, ofertas especiais patrocinadas ou anúncios publicitários em localizações estratégicas, o e-commerce alimentar oferece uma oportunidade atrativa para as marcas. De acordo com a dunnhumby, esta é uma das principais vias para contribuir para um e-commerce alimentar rentável e, acima de tudo, satisfatório para o cliente.

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