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Negócio de retalho da Sonae ultrapassa pela primeira vez 5.000 milhões de euros em vendas

A Sonae acelerou o crescimento, melhorou a rentabilidade e reforçou a internacionalização em 2016. Assim o revelam os resultados de 2016 agora publicados, onde o volume de negócios consolidado atingiu os 5.376 milhões de euros, aumentando 7,2% quando comparado com 2015, beneficiando do desempenho dos negócios de retalho.

No total do retalho, ultrapassámos pela primeira vez 5.000 milhões de euros de vendas, com contributos positivos de todos os negócios, mesmo excluindo as aquisições, e aumentámos a qualidade do portfólio com a inclusão da Salsa e da Go Natural, bem como de outras participações de dimensão mais reduzida, mas com elevada competência em e-commerce, data analytics ou gestão da energia. Foi ainda possível negociar um acordo com a JD Sports para a constituição de um forte operador ibérico de desporto, que capitaliza na dimensão e contributos fortemente complementares que as empresas que se integram possuem”, comenta Ângelo Paupério, Co-CEO da Sonae.

Em termos consolidados, o underlying EBITDA da Sonae totalizou 320 milhões de euros e o EBITDA aumentou 23 milhões de euros em 2016, para 416 milhões de euros, traduzindo o crescimento da rentabilidade da Sonae SR, tanto da Worten como da divisão de Sports and Fashion, o investimento em preço e na expansão do parque de lojas da Sonae MC e a contribuição positiva da rúbrica de itens não recorrentes, nomeadamente os ganhos de capital em operações de sale and leaseback. O resultado direto da Sonae totalizou 148 milhões de euros, aumentando 15,9% quando comparado com 2015. Os resultados indiretos da Sonae atingiram 74 milhões de euros, beneficiando do contributo da Sierra e de um conjunto de movimentos relacionados com transações realizadas em ativos financeiros. O resultado líquido atribuível a acionistas fixou-se nos 215 milhões de euros, aumentando 22,7% quando comparado com o ano anterior.

No retalho alimentar, o volume de negócios da Sonae MC atingiu 3.687 milhões de euros em 2016, aumentando 5,6% quando comparado com o ano anterior. Este desempenho foi suportado por um crescimento de 1,9% das vendas no universo comparável de lojas e pela expansão do parque de lojas, destacando-se a abertura de um hipermercado Continente, 25 Continente Bom Dia e 77 lojas Meu Super. Numa base trimestral, o volume de negócios no quarto trimestre ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 1.000 milhões de euros.

No retalho especializado, o volume de negócios da Sonae SR ascendeu a 1.438 milhões de euros em 2016, aumentando 11,1% quando comparado com 2015, suportado pela Worten e pela divisão de Sports and Fashion. A Worten registou um volume de negócios de 910 milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,1% quando comparado com 2015, e reflete um crescimento da quota de mercado de 20 pontos base em Portugal.

A Worten continuou a implementar a sua estratégia omnicanal na Ibéria, que envolve a criação de uma operação totalmente integrada, apoiada por uma rede de lojas físicas e duas plataformas de e-commerce recentemente renovadas, destacando-se a portuguesa por registar um aumento significativo das vendas online desde o seu lançamento, em novembro.

A Sports and Fashion, divisão que integra um portfólio de negócios, com Sport Zone, MO, Zippy, Berg Outdoor e Deeply, assim como a Losan e a Salsa, aumentou o volume de negócios em 30,9%, para 527 milhões de euros. Este crescimento resultou, em grande medida, das contribuições da Losan e da Salsa. A Sport Zone manteve a tendência positiva de vendas por metro quadrado, não obstante o aumento do número de lojas. A Zippy registou um forte desempenho na variação de vendas no universo comparável de lojas de 10% em Portugal e de 6% em Espanha.

Numa base trimestral, o volume de negócios de Sports and Fashion aumentou 37,6%, para 154 milhões de euros.

A Sonae RP, unidade de imobiliário de retalho, continuou a implementar a sua estratégia de monetização de ativos, tendo completado quatro operações de sale and leaseback. O cash-in resultante ascendeu a 251 milhões de euros, representando ganhos de capital de aproximadamente 70 milhões. Esta estratégia permitiu libertar capital de ativos mais maduros mantendo, ao mesmo tempo, um nível adequado de flexibilidade operacional.

Nos centros comerciais, o resultado líquido da Sonae Sierra atribuível à Sonae aumentou 27,9%, para 91 milhões de euros, tendo o seu desempenho operacional continuado a evidenciar a qualidade e a gestão eficiente dos ativos. Ao longo de 2016, a Sonae Sierra manteve a estratégia de reciclagem de capital, que atua como motor do crescimento futuro, ao libertar capital para financiar novos desenvolvimentos e expandir a atividade de prestação de serviços. O ParkLake, na Roménia, foi o desenvolvimento mais significativo de 2016, tendo uma taxa de ocupação de 97,1% e com os resultados obtidos até ao momento a serem bastante positivos. Os restantes projetos em desenvolvimento incluem o Málaga Designer Outlet (Espanha), a expansão do NorteShopping (Portugal), o Jardín Plaza Cucuta (Colômbia) e o Zenata (Marrocos).

Na Sonae IM, unidade de gestão de investimentos, o negócio de tecnologia registou um o volume de negócios de 117 milhões de euros, aumentando 1,6% face a 2015.

Nas telecomunicações, o volume de negócios da NOS aumentou 4,9% em termos homólogos, para 1.515 milhões de euros.

O investimento total realizado aumentou 137 milhões de euros, para 437 milhões de euros, em especial devido à Sonae MC, que acelerou a expansão do parque de lojas, que incluiu a abertura de 25 lojas Continente Bom Dia, um hipermercado Continente e 25 lojas da Well’s; à Sonae SR, que concretizou a aquisição da Salsa; e à Sonae IM, que efetuou aquisições na área de tecnologia, nomeadamente a InovRetail e a Armiliar Venture Partners.

A dívida líquida total foi de 1.215 milhões de euros, reduzindo-se em 78 milhões ou 6%. Em 2016, a Sonae implementou um programa de refinanciamento com o objetivo de reforçar a sua estrutura de capital, tendo lançado um concurso formal com um grupo de bancos locais e internacionais, refinanciando mais de 1.125 milhões de euros.

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