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Moody’s alerta que liquidez será fundamental para o retalho não alimentar

Foto Shutterstock

A agência de notação financeira Moody’s baixou a classificação de cerca de 25 empresas do sector do retalho não alimentar, das 36 que tem debaixo do seu radar, pelo impacto que a Covid-19 está a ter na sustentabilidade das suas finanças.

A Moody’s alerta para os perigos enfrentados pelo sector da distribuição não alimentar devido ao encerramento das lojas devido à pandemia, especificando que as áreas mais castigadas serão as da moda e as agências de viagens. “Os retalhistas expostos ao turismo ou que têm grandes redes comerciais, elevados custos fixos e uma presença online limitada serão os mais afetados pelo coronavírus e pelos seus efeitos posteriores”, diz a agência. A maioria destas empresas sairá da crise com piores indicadores de crédito, que não lhes permitirá recuperar os níveis prévios à pandemia durante algum tempo.

O gasto em bens não essenciais será menor em 2020, incluindo quando as restrições à circulação sejam levantadas, já que a confiança do consumidor continuará débil. “As empresas com maiores capacidades online ou com uma dependência limitada das vendas da coleção de primavera estarão em melhores condições de superar o encerramento das lojas”.

 

Liquidez decisiva

Um ponto chave para estas empresas será a sua liquidez. A maioria das analisadas pela Moody’s tem suficiente, tanto em forma de caixa como em linhas de crédito, para superar um par de meses de restrições na mobilidade e de medidas de distanciamento social. “A liquidez é fundamental para os retalhistas não alimentares, porque os encerramentos irão representar perdas inesperadas nos fundos de manobra durante as semanas seguintes. A maior parte dos operadores de moda recebeu o seu stock de primavera-verão, mas não pode vendê-lo. Estas empresas terão inventários maiores que o normal”, sublinha a Moody’s. Quando as lojas abrirem, enfrentarão uma menor procura e uma maior competitividade. No comércio têxtil, “os descontos serão ferozes”.

Não obstante, as grandes empresas do sector terão oportunidades. “As de maior escala e com uma maior liquidez, como a Ceconomy, Kingfisher, H&M, Inditex e Next, estão em melhores condições para expandir-se e ganhar quota de mercado”.

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