A cadeia espanhola Miró, empresa histórica na distribuição de eletrodomésticos, está prestes a solicitar, pela terceira vez em cinco anos, insolvência.
O seu principal acionista, o fundo suíço Springwater, não colocou em ação um plano de investimentos com que se tinha comprometido quando resgatou a empresa catalã há 18 meses e reconhece que a situação está a tornar-se muito complicada, com os fornecedores a recusarem vender à empresa.
Segundo Martin Gruschka, responsável pelo fundo em Espanha, nas próximas semanas será tomada uma decisão quanto à proteção dos ativos da Miró, que tem 65 lojas e emprega 430 pessoas.
Apesar da injeção de dois milhões de euros, a Miró tem um grave problema de abastecimento. “A empresa perdeu a confiança dos fornecedores, que nos exigem o pagamento adiantado, quando os nossos concorrentes podem pagar em 20 dias”.
Em 2015, a Miró voltou a registar prejuízos, embora não sejam conhecidos em detalhe. O responsável adianta, contudo, que nos últimos três anos as perdas ascendem a 300 milhões de euros.