Receptores de TV antigos e microfones na frente da mesa fundo de parede de concreto texturizado. Conceito de radiodifusão. Foto filtrada estilo vintage
Imagem: Shutterstock
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Mercado publicitário em Portugal deverá aumentar cerca de 7% em 2024

O Grupo IPG Mediabrands acaba de lançar as conclusões do relatório de dezembro de 2023 com as previsões do investimento publicitário nos media para o mercado português e global, que revela um crescimento anual em publicidade. O relatório é elaborado pela MAGNA, unidade de intelligence do Grupo IPG Mediabrands que fornece dados e análises que apoiam as estratégias de investimento das equipas das agências e clientes, “que garante uma vantagem competitiva no mercado”.

De acordo com os resultados do estudo, o mercado publicitário português deverá aumentar cerca de 10%, em 2023. Tendência que acompanha as previsões do FMI que prevê que “a economia portuguesa recupere 2,1%, mesmo assim abaixo de 6,8%, em 2022. Mantém-se a inflação elevada, no entanto, a decrescer de 8,1%, em 2022, para 5,4%, em 2023”.

 

Receitas publicitárias em crescendo

Neste contexto, as receitas publicitárias do digital deverão ter um crescimento de cerca de 20%, o que representa cerca de 40% do investimento total em publicidade. Nos vários segmentos de publicidade digital, as previsões apontam para um aumento no vídeo de 11%, enquanto o search deverá crescer 9% e redes sociais 20%. Ainda no segmento da publicidade digital, o mobile representa quase 80% das receitas totais.

Em 2023, este crescimento é também observado nos meios de comunicação generalistas, com uma taxa de crescimento de 6,4%. Este impacto é, sobretudo, observado na publicidade televisiva, com um aumento de 2%, na rádio que terá um aumento de 2% e no setor out-of-home (OOH) com um crescimento significativo de 25%. Os investimentos em imprensa deverão manter-se estáveis.

Neste ambiente, e olhando para os diversos setores de atividade, prevê-se uma queda na indústria de FMCG (Fast Moving Consuming Goods) em Portugal devido ao cenário macroeconómico do país. Os consumidores portugueses procuram, cada vez mais, produtos de marca própria, com preços mais baixos e de boa qualidade. Os mercados automóvel, retalho, telecomunicações, seguros, indústria farmacêutica, viagens e turismo e a indústria do mobiliário e decoração são os principais motores de crescimento do mercado publicitário. Também as apostas têm vindo a crescer desde 2022 e prevê-se que continuem a sua evolução positiva em 2023.

 

7% de crescimento do mercado publicitário português

Relativamente às projeções para os próximos anos, a IPG Mediabrands prevê que o mercado publicitário português cresça cerca de 7%. Prevê-se que o cenário económico registe um crescimento de 1,5% no PIB e uma inflação de 3.6%.

O crescimento do mercado, em 202,4 estará assente essencialmente nos meios digital, que deverá aumentar cerca de 13%, e out-of-home 15%. Os outros meios terão evoluções diferentes, a televisão deverá manter-se estável, imprensa com quebra (-4%) e rádio com performance positiva, semelhante a 2023 (+2%)

De acordo com Natália Júlio, responsável da MAGNA, Grupo IPG Mediabrands, “2024 será um ano com uma performance positiva, mantendo cada meio tendências semelhantes às registadas em 2023, com digital e out-of-home a impulsionar o crescimento do mercado”.

 

Análise do mercado global publicitário 2023

Segundo as previsões da IPG Mediabrands, o mercado publicitário em 2023 deverá registar um aumento de 5,5% relativamente a 2022, e atingir cerca de 853 mil milhões de dólares, impulsionado por um desenvolvimento mais forte em mercados como a Índia e a China. Pela primeira vez, o Sul da Europa revela mais resiliência este ano, particularmente em França (#6, +5,7%), Itália (#12, +5,8%) e Espanha (#14, +7,8%).

Esse crescimento deverá ser ainda mais significativo em 2024, prevendo-se um aumento anual de 7,2%, no mercado global publicitário.

Conforme previsto pela MAGNA no último relatório de junho, os investimentos em publicidade aceleraram no segundo semestre de 2023, após quatro trimestres anémicos, entre meados de 2022 a 2023. A recuperação é impulsionada pela estabilidade económica (desaceleração da inflação), entre outros fatores, “que beneficiam principalmente os formatos de publicidade de players digitais puros”.

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