Composta por indivíduos nascidos entre o final dos anos 90 e o início da década de 2010, a Geração Z tem vindo a transformar o panorama das compras online em Portugal.
Atualmente, e de acordo com a Marktest, as estatísticas de compras online em Portugal são lideradas pela Geração Z, com 92% a afirmar que tem o hábito de realizar compras pela Internet, um valor significativamente superior ao das gerações mais velhas, como é o caso dos Baby Boomers, onde apenas 35% realiza compras online.
Os consumidores mais jovens são tecnologicamente mais avançados e abertos a novidades, tornando-se imperativo criar uma experiência de compra envolvente, sem atritos e otimizada a dispositivos móveis, uma vez que 98% da Geração Z conecta-se à Internet através de smartphones, segundo o relatório da Kantar Ibope Medi.
Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Ibéria & Brasil, refere que “para além de uma experiência de compra fácil e segura, a geração mais jovem valoriza também uma recomendação personalizada para aquilo que procura. Além disso, a Gen Z acaba por ser mais desinformada quando comparada às gerações passadas, pois recebe a maior parte da informação através das redes sociais, tornando-se mais difícil alcançá-la através dos canais tradicionais de publicidade e informação. Por esta razão, as plataformas de ‘retail media’ utilizam os dados obtidos para direcionar anúncios que correspondam exatamente às necessidades e interesses de cada público, o que inclui recomendações de produtos e, até mesmo, ofertas exclusivas de acordo com o perfil (individual) do utilizador.”
Gen Z, as redes sociais e as compras online
No último ano, as redes sociais tornaram-se cada vez mais importantes como um canal de venda. Segundo o mais recente estudo realizado pela Adyen – Retail Report 2024, 48% da Geração Z afirma ter feito compras nas redes sociais nos últimos 12 meses, sendo que o Facebook Marketplace foi a plataforma mais popular entre todas as gerações, enquanto na Gen Z a preferência se manteve pelo Instagram.
Apesar deste crescimento e adesão à compra de produtos através das redes sociais, de acordo com a Accenture, os utilizadores que ainda não recorrem a este método de compra justificam pela falta de confiança na autenticidade dos vendedores, pela incerteza da proteção das suas compras e pelos processos de reembolso.
Ainda assim, as plataformas de redes sociais têm um impacto direto no comportamento de compra dos consumidores. A possibilidade de promover produtos diretamente nas redes sociais permite aos vendedores/lojistas a capacidade de influenciar as decisões de compra do consumidor ainda antes de acederem aos seus sites ou plataformas. Esta publicidade, altamente segmentada, pode ser utilizada em conjunto com o “retail media” para alcançar públicos específicos. “O ‘retail media’ é uma ferramenta importante para as marcas e empresas que estão a adaptar-se e a acompanhar o crescimento das compras online e também as necessidades e expectativas dos consumidores mais jovens, uma vez que permite aos vendedores a integração de anúncios personalizados, durante o processo de compra, sugerindo produtos relevantes baseados no comportamento e histórico de navegação dos consumidores”, reforça Eduardo Esparza.